
A Justi�a Federal do Paran� marcou para a pr�xima quarta-feira, 9, o depoimento do ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu. Dirceu dever� prestar esclarecimentos a respeito de um pedido da Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR), que quer que ele perca o direito de cumprir pena em regime domiciliar e seja transferido para o regime fechado.
A oitiva com o ministro foi determinada pelo ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele � o relator das execu��es penais dos condenados do mensal�o. Dirceu, que j� cumpria pena domiciliar por causa desse processo, voltou a ser preso preventivamente em agosto por envolvimento no esquema de corrup��o da Petrobras, investigado pela Opera��o Lava Jato.
Condenado no mensal�o a sete anos e 11 meses em regime semiaberto, o ex-ministro j� havia progredido para o regime aberto e cumpria a pena em casa, mas voltou a ser preso preventivamente em agosto deste ano por envolvimento no esquema investigado pela Lava Jato.
Dirceu foi enviado para o Complexo M�dico-Penal, em Pinhais, na regi�o metropolitana de Curitiba. Na Lava Jato, o ex-ministro responde por organiza��o criminosa, corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com as investiga��es, os crimes foram cometidos at� dezembro de 2014, ou seja, depois da condena��o do mensal�o e de ele ter sido transferido para o regime aberto.
Segundo o pedido assinado pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, n�o h� necessidade de esperar o julgamento da a��o contra Dirceu na Justi�a Federal do Paran� para que a pena dele regrida ao regime fechado. "A den�ncia oferecida foi lastreada em prova contundente e abundante da pr�tica criminosa", destaca o documento.
Segundo relat�rios da investiga��o, o esquema de corrup��o atribu�do ao ex-ministro movimentou mais de R$ 59 milh�es em propinas. De acordo com a PF, Dirceu constituiu a empresa JD Consultoria e Assessoria para receber dinheiro il�cito do esquema da Petrobras.
A JD teria celebrado contratos falsos com as empresas Engevix Engenharia e Jamp Engenheiros Associados. As empresas teriam desviado propinas oriundas da Petrobras e utilizado os valores para reformar a casa e o apartamento de Dirceu e de seus familiares, segundo mostram as investiga��es.