
O ministro da Justi�a Jos� Eduardo Cardozo afirmou nesta segunda-feira que o governo vai se concentrar em defender a presidente Dilma Rousseff do processo de impeachment no Congresso e deixar para recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) somente como �ltimo recurso. A declara��o foi dada ap�s um encontro com juristas que defendem que n�o h� fundamento para afastar Dilma do cargo.
"Neste momento, o governo prioriza a discuss�o no Congresso, mas nada impede que partidos ingressem com a��es", disse Cardozo.
At� agora, coube a deputados governistas entrarem com mandados de seguran�a no STF para anular a decis�o do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que na quarta-feira, 2, admitiu um dos pedidos de impeachment contra a presidente.
A avalia��o do Pal�cio do Planalto � que est� na hora de demonstrar for�a e reorganizar a base aliada e deixar a a��o no Supremo como uma �ltima cartada.
Ap�s o encontro com juristas, Cardozo voltou a defender que o pedido de impeachment contra Dilma � "inconstitucional e ilegal". "N�o existe pacifica��o nem unidade nacional fora da legalidade. Pensar que fora da lei vamos encontrar uma sa�da para crise � um erro grosseiro", afirmou.
O ministro tamb�m minimizou o fato de o vice-presidente Michel Temer (PMDB), um dos maiores especialistas em Direito Constitucional do Pa�s, n�o ter participado do encontro. Segundo ele, n�o h� "nenhum contratempo" na rela��o do vice com Dilma. "Os pareces t�m de ser feitos por terceiros, por juristas que n�o integram o governo", disse.
Cardozo tamb�m evitou criar pol�mica em torno da decis�o do ministro Eliseu Padilha (Avia��o Civil), um dos principais aliados de Temer, de deixar o governo. Segundo o ministro da Justi�a, a demiss�o ainda n�o foi formalizada. O peemedebista far� um an�ncio � imprensa �s 17h desta segunda-feira.