S�o Paulo - A defesa do advogado Edson Ribeiro, preso no dia 27 de novembro e denunciado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica acusado de prejudicar as investiga��es da opera��o Lava Jato, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revoga��o de sua pris�o preventiva alegando que ele n�o cometeu nenhum crime. A defesa de Ribeiro tamb�m alegou que ele est� em uma cela com mais de 30 pessoas "o que definitivamente n�o s�o caracter�sticas de local apropriado ao advogado."
Ao pedir a soltura de Ribeiro, os defensores alegam a falta de motivos para a manuten��o da preventiva, como tamb�m argumentam que ele est� em uma cela comum do complexo penitenci�rio de Gericin� e que n�o h� estrutura nos pres�dios do Estado do Rio que possa ser considerada sala de Estado de Maior.
O processo contra Ribeiro corre sob sigilo na Corte e o pedido de soltura, protocolado na semana passada, ainda aguarda analise do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo
Motivos
No pedido de treze p�ginas assinado pelos advogados Marcos Crissiuma e Paulo Neto e encaminhado ao ministro Teori, os defensores de Ribeiro alegam que os di�logos gravados entre ele, o senador Delc�dio Amaral (PT-MS) e seu chefe de gabinete Diogo Ferreira e Bernardo Cerver�, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver�, n�o revelam crimes cometidos pelo advogado - j� que, segundo a peti��o, estava sendo planejada a fuga de Cerver� e n�o a dele.
O documento afirma ainda que Ribeiro n�o poderia influenciar na dela��o de Cerver�, seu ex-cliente na Lava Jato, nunca participou dos depoimentos do ex-diretor ao Minist�rio P�blico Federal e que o acordo de dela��o premiada j� havia siso firmado em 18 de novembro, antes de um dos encontros gravados (19 de novembro). Os defensores tamb�m negam que o advogado tivesse buscado influenciar ministros do Supremo.
Outro ponto levantado pelos advogados � de que Ribeiro teve sua inscri��o na OAB suspensa e que ele teria se entregado �s autoridades brasileiras ao voltar de uma viagem dos EUA e ser detido no aeroporto do Gale�o (Rio), no �ltimo dia 27. Antes disso, contudo, seu nome j� havia sido colocado na lista vermelha da Interpol.
� reportagem, o advogado Marcos Crissiuma afirmou que ainda n�o teve acesso � den�ncia contra seu cliente e que vai aguardar a decis�o do STF sobre o pedido de soltura de Ribeiro para comentar o caso.