
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira, 9, que o Legislativo deve ter uma convoca��o extraordin�ria a fim de discutir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Contudo, o peemedebista disse que ainda n�o est� fechado quando a convoca��o ser� iniciada e qual a melhor forma de faz�-la no m�s de janeiro.
"O fundamental, seja qual for o caminho, � que o Congresso funcione no recesso, trabalhe, n�o enterre a cabe�a na areia", disse, ao defender que esta � a maior sinaliza��o que o Legislativo pode dar para solucionar a crise. "A d�vida � quando come�aremos e como faremos para convocar", completou.
Renan afirmou que � preciso encontrar um acerto para realizar a convoca��o extraordin�ria. Um dos cen�rios discutidos, conforme antecipou o Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, era n�o votar a Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO) de 2016, o que poderia levar automaticamente � continuidade dos trabalhos legislativos. Entretanto, diante das cr�ticas dessa solu��o, ele disse preferir outra sa�da.
O presidente do Congresso contou ter conversado com setores da oposi��o sobre a eventual convoca��o extraordin�ria. Ele se disse surpreso com a informa��o de que o ministro da Secretaria do Governo, Ricardo Berzoini, iria procur�-lo para defender que o plen�rio fa�a um recesso parcial no fim do ano, voltando �s atividades a partir de 11 de janeiro. Originalmente, o Pal�cio do Planalto queria que o Congresso n�o tivesse qualquer pausa para apreciar logo o impeachment de Dilma.
"Me surpreende que o Berzoini esteja nesta posi��o (de fazer uma pausa menor), � uma posi��o de racionalidade, de bom senso, o Brasil espera que o Congresso continue funcionando", observou.
Vice
O presidente do Congresso afirmou ainda que "definitivamente" � preciso que o vice-presidente Michel Temer e a presidente Dilma Rousseff construam uma converg�ncia para tra�ar caminhos com o Brasil. Ap�s uma carta em que o vice reclamou do tratamento que ele e o PMDB recebeu, Temer e Dilma devem conversar hoje � noite.
"N�s temos algumas diferen�as, mas temos que convergir em torno de algumas mudan�as estruturais, o Brasil precisa sair dessa situa��o. O melhor produto desta conversa ser� este", disse.