
Bras�lia - Em meio �s investiga��es da Opera��o Lava-Jato, o ministro Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), salientou em sess�o nesta quinta-feira a preocupa��o com o poss�vel uso de dinheiro oriundo do narcotr�fico para financiamento de campanhas nas elei��es de 2016.
O pleito do ano que vem ser� o primeiro com a proibi��o �s empresas de doarem recursos aos candidatos. A medida, prevista na Lei da Minirreforma, limita uma pr�tica usada por pol�ticos e empresas implicados na Lava Jato. Segundo a Pol�cia Federal, eles tentavam dar apar�ncia legal a recursos desviados da Petrobras doando-os para campanhas eleitorais.
De acordo com o ministro, a nova norma exigir� do Minist�rio P�blico Federal aten��o redobrada. "Entre as nossas maiores preocupa��es, est� a de que campanhas venham a ser financiadas por dinheiro oriundo de narcotr�fico. N�o h� mais pessoas jur�dicas doando para campanhas, mas n�s sabemos que o mundo real busca suas alternativas", afirmou Toffoli.
Toffoli tamb�m ressaltou que o perigo de influ�ncia econ�mica de organiza��es criminosas � maior nas campanhas municipais. "Nesses pleitos, qualquer valor m�nimo j� pesa muito em toda a campanha".
A sess�o, que ocorreu na manh� desta quinta, foi convocada para o julgamento das instru��es sobre as elei��es de 2016 pelo plen�rio do TSE. Foram discutidos itens como registro de candidatura, hor�rio de propaganda eleitoral e limite de gastos de campanha. O julgamento das instru��es foi adiado para a sess�o da semana que vem.
Sancionada em setembro, a Lei da Minirreforma eleitoral prev� que, nos munic�pios com at� 10 mil eleitores, o limite de gastos de campanha seja de at� R$ 100 mil. J� em munic�pios maiores, os valores fixados variam de 50% a 70% do maior gasto declarado nas �ltimas elei��es para cada cargo.
O ministro Gilmar Mendes, relator da minuta que detalha o limite de gastos de campanha, afirmou que, em algumas cidades, os patamares estabelecidos pela nova lei podem ser irreais.