O ministro Ribeiro Dantas, relator da Lava-Jato no Superior Tribunal de Justi�a (STJ), votou nesta quinta-feira pela revoga��o da pris�o preventiva de Rog�rio Ara�jo, ex-diretor da Odebrecht preso por suspeita de corrup��o, lavagem de ativos, fraude a licita��es e crime contra a ordem econ�mica supostamente praticados em contratos da Petrobras. O ministro Felix Fischer, no entanto, pediu vista do caso e suspendeu o julgamento.
De acordo com a defesa de Ara�jo, os investigados t�m sido mantidos presos sem fundamentos concretos. Segundo ela, seu paciente teve oportunidade de fugir, mas n�o o fez. "� preciso dar um basta � tentativa de tornar pessoas que s�o inocentes em exemplos para a sociedade leiga", defendeu a advogada Fl�via Rahal.
Para o subprocurador do Minist�rio P�blico Federal, M�rio Jose Gizi, a pris�o preventiva de Ara�jo deve ser mantida porque h� ind�cios concretos do potencial e da gravidade que a Odebrecht e seus funcion�rios t�m para interferir nas investiga��es em curso no �mbito da Lava Jato. "A atividade da empresa se desenvolve em cima de neg�cios il�citos, e seus funcion�rios sabem que ainda h� muito a ser investigado nos contratos da empreiteira com o poder p�blico."
Ara�jo foi preso em 19 de junho, quando foi deflagrada a Opera��o Erga Omnes, a 14ª etapa da Opera��o Lava Jato. Al�m dele, outros executivos, como o presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, e M�rcio Faria, outro ex-diretor, foram presos na mesma ocasi�o, investigados pelo mesmo crime de Ara�jo. Na semana passada, o ministro Ribeiro Dantas tamb�m votou pela liberta��o dos dois. Os recursos est�o sob vista dos ministros Jorge Mussi, no caso de Odebrecht, e Felix Fischer, no pedido de Faria.