Em discurso durante inaugura��o do Museu de Congonhas, na manh� desta ter�a-feira, a presidente Dilma Rousseff n�o comentou os �ltimos acontecimentos pol�ticos. Por outro lado, garantiou que o governo federal est� comprometido com a recupera��o do Rio Doce e com a puni��o aos respons�veis pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), que deixou ao menos 16 mortos.
"Asseguro ao povo de Mariana, aos capixabas e �s pessoas do entorno da bacia do Rio Doce que vamos tomar todas as medidas necess�rias para reparar os danos �queles que perderam familiares e suas formas de sustento", afirmou, em discurso na cidade de Congonhas, localizada a cerca de 70 quil�metros do local do rompimento da barragem.
Na cidade mineira, a presidente participou da inaugura��o do Museu de Congonhas, localizado no s�tio hist�rico do Santu�rio do Bom Jesus de Matosinhos, onde se encontra a obra-prima do escultor Ant�nio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Dilma lembrou que a regi�o � dependente da minera��o e que o museu faz parte do projeto para aumentar a participa��o da cultura e do turismo na economia de Congonhas. "Compartilhamos com a popula��o daqui o esfor�o de diversificar a economia, diminuindo a depend�ncia da minera��o. Este prop�sito ganho novo impulso ap�s a trag�dia em Mariana", disse.
Em seu discurso, Dilma ressaltou que o projeto do museu demorou 12 anos para se realizar e que nasce com o prop�sito de valorizar o patrim�nio art�stico nacional. "A inten��o � tornar o museu um centro de refer�ncia para pesquisas sobre barroco e pedra sab�o. � uma conquista para a cidade e popula��o", afirmou.
A inaugura��o do museu faz parte das comemora��es dos 30 anos da eleva��o do s�tio hist�rico de Congonhas como Patrim�nio Cultural Mundial pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco).
Foram gastos R$ 25 milh�es na obra, sendo R$ 7,5 milh�es da prefeitura de Congonhas e o restante financiado com recursos captados pela Lei Rouanet. O BNDES � um dos principais patrocinadores do museu, com a destina��o de R$ 7,2 milh�es.
Cunha
No momento em que a presidente visitava a cidade mineira, na manh� desta ter�a-feira, a Pol�cia Federal cumpriu mandado de busca e apreens�o na resid�ncia oficial do presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Bras�lia, e tamb�m em outros endere�os do parlamentar no Rio de Janeiro, em um condom�nio na Barra da Tijuca. A opera��o n�o foi mencionada pela petista emseu discurso, em Congonhas.
Apoio
A presidente tamb�m recebeu o apoio da plateia, que cantou "Parab�ns a voc�". "Agrade�o aos carinhos, aos afetos e aos abra�os virtuais", afirmou Dilma, que comemorou 68 anos ontem.
A plateia tamb�m interrompeu o discurso do prefeito de Congonhas, Zelinho de Freitas (PSDB), com os gritos de "N�o vai ter golpe!". Apesar de ser tucano, o prefeito n�o fez qualquer men��o ao processo de impeachment de Dilma e agradeceu � presidente pelo apoio para realiza��o da obra.
No palco, ao lado do prefeito e da presidente, estavam deputados federais da base do governo na C�mara, como J� Moraes (PCdoB), Padre Jo�o (PT), Diego Andrade (PSD) e Mauro Lopes (PMDB), al�m de autoridades estaduais. Tamb�m presente, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, ressaltou o "respeito pela democracia" em seu discurso.