
O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), entregou nesta ter�a-feira em m�os aos demais ministros da Corte a minuta do voto que ir� proferir na quarta-feira em plen�rio sobre o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Antes da sess�o das Turmas do Tribunal nesta tarde, compostas cada uma por cinco ministros, Fachin procurou os colegas, um por um, para entregar o envelope timbrado no qual colocou sua avalia��o.
Ao entregar os papeis para o ministro Dias Toffoli, Fachin disse: "Estou aberto a discuss�es." Os ministros entraram na sess�o com os envelopes em m�os e devem analisar o voto na noite desta ter�a-feira.
O voto de Fachin tem cerca de 100 p�ginas, que podem ser lidas na �ntegra em plen�rio ou resumidas pelo pr�prio ministro. O julgamento sobre o rito do impeachment - que ser� discutido em uma a��o proposta pelo PCdoB, partido da base governista - ser� o primeiro item da pauta de sess�es do Supremo na quarta, a partir das 14 horas.
Fachin j� havia avisado na �ltima semana que entregaria um resumo do voto aos colegas para evitar pedidos de vista e garantir que as discuss�es sobre o tema se encerrem no Tribunal ainda nesta semana. A partir da semana que vem, o Judici�rio entra em recesso e os ministros s� voltam a ter sess�es plen�rias em fevereiro de 2016.
Integrantes da Corte ouvidos reservadamente nos �ltimos dias apostam que o voto de Fachin relator da a��o, deve ser conservador: sem avan�ar o sinal em mat�rias reservadas ao Legislativo.
Parte do governo admite dificuldade em um dos principais pontos propostos na a��o do PCdoB, que � a anula��o do ato do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de receber a den�ncia de impeachment contra a presidente sem pedir defesa pr�via a Dilma.
Diante da expectativa de um debate duro nesse ponto, a defesa da presidente Dilma aposta as fichas em outros dois pontos considerados cruciais na a��o: a anula��o da vota��o que elegeu opositores e dissidentes da base para a comiss�o especial do impeachment e reconhecimento do poder do Senado, e n�o da C�mara, para eventualmente afastar a presidente da Rep�blica.