Bras�lia - Eduardo Cunha (PMDB-RJ) j� estava acordado quando, por volta das 6h desta ter�a-feira, 15, recebeu a liga��o da Pol�cia Legislativa informando que agentes da Pol�cia Federal estavam diante da resid�ncia oficial da presid�ncia da C�mara com um mandado de busca e apreens�o em m�os. O pr�prio Cunha abriu a porta para eles.
Em vez de carros descaracterizados, as viaturas deixavam evidente o que acontecia na manh� de ontem na Pen�nsula dos Ministros, onde ficam as resid�ncias oficiais da C�mara e do Senado, �s margens Lago Sul, �rea nobre da capital federal. Homens com uniformes camuflados isolaram com fita amarela e preta o per�metro das duas casas. S� furava o bloqueio quem recebia autoriza��o.
Durante a opera��o, que durou mais de cinco horas, Cunha esteve acompanhado pelo advogado Alexandre de Souza, filho do ex-procurador Antonio Fernando Souza, integrante da junta de advogados contratada pelo presidente da C�mara e respons�vel por sua defesa no Supremo Tribunal Federal (STF). Todos os ambientes da resid�ncia oficial foram vasculhados. Como Cunha estava incomunic�vel, todos os contatos eram feitos atrav�s de Souza. Ele que repassava informa��es do que ocorria no interior da resid�ncia oficial tanto para assessores quanto para os outros advogados.
Sem poder entrar na casa, assessores do peemedebista se juntaram aos jornalistas em frente � resid�ncia oficial. Alguns preocuparam-se ao ver uma ambul�ncia se aproximar. Disseram que Cunha sofre de press�o alta. De dentro da casa, souberam, no entanto, que Cunha estava tranquilo. Ou ao menos era esta a impress�o que transmitia. Irritava-se apenas com o barulho dos helic�pteros das emissoras de TV que sobrevoaram o local. Um chaveiro foi chamado para abrir um cofre antigo, patrim�nio da resid�ncia oficial, que, contudo, estava vazio. �s 11h25 a PF deixou o local.