�nico grande partido de oposi��o � presidente Dilma Rousseff que ainda n�o se definiu em rela��o ao impeachment, o PSB, que conta com uma bancada de 36 deputados federais, viu sua divis�o interna se agravar com o in�cio do acolhimento do processo de afastamento da petista no Congresso.
O PSB esteve na �rea de influ�ncia do PT at� 2013, quando rompeu com a presidente Dilma Rousseff e lan�ou o ent�o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato � Presid�ncia. Ap�s a morte dele no ano passado em um acidente a�reo durante a campanha presidencial e, na sequ�ncia, a derrota da ex-ministra Marina Silva, sua sucessora, no 1º turno da disputa, a legenda deu apoio ao senador tucano A�cio Neves (MG) no 2º turno.
Mesmo sem uma lideran�a nacional, l�deres do PSB afirmam que a legenda n�o quer mais ser linha auxiliar porque hoje o partido busca protagonismo como terceira via � polariza��o entre PT e PSDB.
Por isso, a legenda resiste em embarcar no discurso pr�-impeachment capitaneado pelo PSDB de A�cio. A mesma raz�o faz com que parte do partido se negue tamb�m a apoiar o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em seu projeto presidencial. O tucano paulista recebeu a sinaliza��o de que poderia contar com a sigla caso n�o consiga se lan�ar candidato ao Pal�cio do Planalto pelo PSDB.
Palavra final
Diante do impasse sobre o afastamento de Dilma, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, costurou um acordo pelo qual a palavra final sobre o impeachment ser� da dire��o nacional executiva do partido, que est� dividida ao meio. “O debate est� em suspenso. Fechamos o ano sem uma defini��o clara. H� uma certa simpatia na C�mara, mas no Senado (o impeachment) encontra resist�ncia”, avaliou Siqueira.
Os quatro deputados indicados pelo PSB para a Comiss�o Especial que avaliar� o impedimento ap�s o recesso parlamentar, em fevereiro, se comprometeram a acatar a decis�o do comando partid�rio. S�o eles Fernando Bezerra Filho (PE), Tadeu Alencar (PE), Danilo Fortes (CE) e Bebeto (BA).
Ponta do l�pis. Segundo c�lculo da c�pula pessebista, 28 dos 36 deputados apoiam o pedido de afastamento da presidente que tramita na C�mara.
Os que se posicionam contra - caso da deputada Luiza Erundina, por exemplo - integram a ala mais “� esquerda” do PSB.
Em car�ter reservado, parlamentares pr�-impeachment alegam que est�o sendo pressionados por suas bases e temem n�o eleger seus aliados em 2016 ou renovar o pr�prio mandato em 2018.
O mesmo levantamento informal prev� que pelo menos 5 dos 7 sete senadores do PSB recha�am a tese do impedimento de Dilma Rousseff. A bancada chegou a discutir pelo WhatsApp a ideia de lan�ar um documento com o argumento de que a impopularidade n�o justifica o impedimento.
Consenso. J� entre os tr�s governadores do PSB - Rodrigo Rollemberg (DF), Ricardo Coutinho (PB) e Paulo C�mara (PE) -, h� consenso contra o impeachment. “Da maneira como o processo est� sendo levado pelo Eduardo Cunha (presidente da C�mara dos Deputados), ele est� fadado a n�o ter legitimidade”, disse ao Estado Paulo C�mara (mais informa��es na entrevista abaixo).
Cr�tico enf�tico do movimento pelo impeachment, Coutinho reconhece que o PSB vive hoje um dilema. “O PSB, como os demais partidos do Brasil, passa por uma crise de rumo”, afirmou o governador da Para�ba.
C�mara e Coutinho tamb�m criticam a estrat�gia da oposi��o na C�mara, sobretudo do PSDB, ao longo de 2015. “A oposi��o n�o construiu um norte. A popula��o n�o reconhece a devida legitimidade na oposi��o”, declarou Coutinho.