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Estado de Minas

Mensagens sugerem a��o de Wagner por empreiteira em fundos

Em um dos di�logos, dirigentes da OAS falam na atua��o de Jaques Wagner para possibilitar um neg�cio milion�rio com o fundo de pens�o dos funcion�rios da Caixa Econ�mica Federal


postado em 10/01/2016 08:07 / atualizado em 10/01/2016 09:57

Bras�lia – As conversas obtidas no celular do ex-presidente da OAS Jos� Adelm�rio Pinheiro Filho, o L�o Pinheiro, mostram suposta atua��o do atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), na intermedia��o de neg�cios entre a empreiteira e fundos de pens�o.


Em um dos di�logos, o executivo e outro integrante da empresa n�o identificado falam na atua��o do ministro e ent�o governador da Bahia para possibilitar um neg�cio milion�rio com a Funcef (Funda��o dos Economi�rios Federais) – fundo de pens�o dos funcion�rios da Caixa Econ�mica Federal.

As men��es ao nome do ministro e conversas diretas entre Pinheiro e Wagner foram reveladas na quinta-feira passada. Os di�logos indicam, por exemplo, que o ent�o governador da Bahia teria ajudado a OAS na libera��o de recursos do governo federal. Ele tamb�m teria intermediado o financiamento de campanhas municipais em Salvador em 2012, no per�odo em que esteve no governo estadual. Os investigadores identificaram que, nas conversas, os executivos usam as iniciais JW como uma das maneiras para se referir a Wagner.

“Que �timo, como foi na Funcef, o nosso JW me perguntou. Bjs.” O emiss�rio da mensagem escreve de um n�mero n�o identificado pelos investigadores. A resposta, cerca de tr�s minutos depois, partiu de um n�mero da OAS a Pinheiro: “�timo. Foi aprovado para contrata��o do avaliador, deloite. Agora, precisaremos de JW, na aprova��o final. Bjo”.

As conversas s�o de julho de 2013. Quatro meses depois, em novembro do mesmo ano, a diretoria executiva da Funcef aprovou a compra de cotas de at� R$ 500 milh�es em um fundo da OAS - o FIP OAS Empreendimentos. A Funcef confirma ter feito um aporte de R$ 200 milh�es, com participa��o de 11,76% no FIP. Na ocasi�o, al�m da an�lise interna, a Funcef contratou a consultoria Deloitte para fazer uma avalia��o econ�mico-financeira da OAS, o que serviu para determinar o valor do investimento.

Um ano antes, as mensagens j� mostravam conversas sobre “fundos” entre o ministro e o empreiteiro. Em novembro de 2012, L�o Pinheiro enviou mensagem direta para celular identificado como de Wagner na qual fala sobre “demanda vinda dos Fundos”, sem identifica��o sobre que situa��o espec�fica era tratada. “Governador, Desculpe a ‘invas�o’. Na semana passada houve uma demanda vinda dos Fundos, que o Bernardo Figueiredo estaria falando para algumas pessoas sobre nossa rela��o com os Fundos. Queria saber se nosso amigo de ontem sabia de algo. Ele nunca tinha ouvido nada. Tive com o Bernardo e o problema era o Trem Bala. Que foi esclarecido. Obrigado pela hospitalidade. Abs.”, escreveu Pinheiro a Wagner. Por mensagem, o governador respondeu: “Voce � sempre bem vindo JW”.

Bernardo Figueiredo foi diretor geral da Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas teve sua recondu��o vetada pelo Senado em 2012, mesmo com a indica��o da presidente Dilma Rousseff. Ap�s a rejei��o dos senadores, Figueiredo ajudou o Planalto a montar a Empresa de Planejamento e Log�stica (EPL), que presidiu desde a cria��o at� o fim de 2013, ap�s uma s�rie de rumores de diverg�ncias com o governo. Ele foi um dos entusiastas do projeto do Trem de Alta Velocidade, o trem-bala, que ligaria Campinas (SP) ao Rio de Janeiro (RJ) – projeto que nunca saiu do papel.

O grupo que trabalha com o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ainda dever� se debru�ar sobre as trocas de mensagens para identificar a que neg�cio cada um dos di�logos se refere e verificar se h� ind�cios de irregularidades na atua��o de Wagner.

Termos

Por meio de sua assessoria, Jaques Wagner informou que “n�o vai se pronunciar, pois n�o conhece os termos exatos do material que est� sendo divulgado”. Quando as mensagens come�aram a ser divulgadas, o ministro emitiu nota declarando-se tranquilo e � disposi��o do Minist�rio P�blico Federal e das autoridades para prestar esclarecimentos.

A assessoria de imprensa da Deloitte informou desconhecer o teor da men��o � empresa e, por isso, disse n�o ter como se pronunciar. O ex-presidente da EPL Bernardo Figueiredo n�o foi localizado pela reportagem. A defesa de L�o Pinheiro, da OAS, afirmou que n�o iria se manifestar sobre o caso.

Por meio de assessoria de imprensa, a Funcef informou que o procedimento de estudo da oportunidade de neg�cio, com as devidas an�lises t�cnicas internas e externas at� a finaliza��o do processo e delibera��o pela diretoria executiva, consumiu um ano e quatro meses, e foi realizado com “total rigor t�cnico”.

“Refutamos qualquer ila��o em rela��o a qualquer interfer�ncia externa em toda cadeia do processo decis�rio da Funcef. Em rela��o ao suposto di�logo que faz men��o � Funcef, desconhecemos o teor e a origem das cita��es”, diz a nota da assessoria da Funda��o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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