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Estado de Minas

Cerver�: Delc�dio tinha 'ascend�ncia grande' sobre presidente da BR Distribuidora


postado em 12/01/2016 19:01 / atualizado em 12/01/2016 19:34

Em dela��o premiada, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver� disse ter participado de "reuni�es peri�dicas" no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, nas quais eram discutidos "recebimento e repasse de propinas" na BR Distribuidora. O senador Delc�dio Amaral (PT-MS), atualmente preso por tentativa de atrapalhar as investiga��es da Opera��o Lava-Jato, era um dos participantes dos encontros pois tinha "ascend�ncia grande" sobre Jos� de Lima Andrade Neto, presidente da subsidi�ria da Petrobras na ocasi�o.

Neto ficou � frente da BR Distribuidora de 2009 at� setembro do ano passado, quando, em meio ao avan�o das investiga��es, renunciou ao cargo alegando motivos de sa�de. Segundo Cerver�, participavam das reuni�es, al�m dele e de Delc�dio, o ex-ministro Pedro Paulo Leoni e o ent�o diretor da BR Distribuidora Jos� Zonis. Leoni, conhecido como PP, era o "operador" do senador Fernando Collor (PTB-AL) na subsidi�ria da Petrobras, segundo Cerver�.

As reuni�es eram mensais ou bimestrais e aconteceram entre 2010 e 2013. De acordo com Cerver�, depois das elei��es foi feita uma reuni�o de "acerto geral" no hotel Leme Palace no Rio. Participaram diretores da BR e Delc�dio, Leoni, e o ex-deputado C�ndido Vaccarezza (PT-SP). Na ocasi�o, ficou acertado pagamento de propina � bancada do PT na C�mara dos Deputados por volta de 2010, com repasses "especialmente" a cinco deputados federais na �poca, entre eles Jilmar Tatto, atual secret�rio de Transportes da prefeitura de S�o Paulo.

Tamb�m faziam parte do grupo que receberia o dinheiro quatro petistas j� investigados na Lava Jato: Vaccarezza, Jos� Mentor (SP), Vander Loubet (MS) e Andr� Vargas (PR). Na mesma reuni�o, segundo Cerver�, ficou acertado que haveria arrecada��o de propina tamb�m para Collor, Delc�dio e para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O delator relata ainda um encontro ele, Leoni, Calheiros, Delc�dio e Jos� de Lima Andrade Neto, na qual o presidente da BR Distribuidora apontou quais neg�cios poderiam "render mais propina substancial": compra de �lcool, aluguel de caminh�es para transporte de combust�vel e constru��o de bases de distribui��o de combust�veis. O ent�o presidente da BR, segundo Cerver�, "se disponibilizou a ajudar os pol�ticos interessados".

Em 2012, no entanto, Renan Calheiros teria feito reclama��es a Cerver� sobre a falta de repasse de propina. O delator afirmou que n�o estava arrecadando propina na BR Distribuidora e Calheiros teria dito, ent�o, que deixaria de prestar apoio pol�tico a ele.

Outro lado


Por meio de sua assessoria de imprensa, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), "nega as imputa��es e esclarece que j� prestou as informa��es requeridas". Ele nega ter participado das reuni�es citadas por Cerver�. A assessoria do secret�rio Jilmar Tatto disse n�o ter tomado conhecimento do encontro citado por Cerver� e "n�o recebeu nenhum tipo de recurso da BR Distribuidora".

As defesas do senador Delc�dio Amaral e de Pedro Paulo Leoni disseram que n�o ir�o se manifestar. Jos� Zonis e Jos� de Lima Andrade Neto n�o foram localizados. A reportagem n�o localizou a defesa do senador Fernando Collor, que tem negado irregularidades e recebimento de propina.

As assessorias dos deputados Jos� Mentor e Vander Loubet n�o retornaram contatos da reportagem at� a publica��o desta mat�ria. O ex-deputado Andr� Vargas tem reiterado, por meio de sua defesa, que n�o h� at� o momento rela��o concreta entre os fatos imputados a ele e as irregularidades apuradas na Lava Jato.


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