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Estado de Minas

Gafes e inefici�ncia do ministro da sa�de desagradam Planalto

Marcelo Castro, da pasta da Sa�de, coleciona declara��es pol�micas desde que assumiu o cargo. Soma-se a isso a inabilidade no enfrentamento da prolifera��o do mosquito Aedes aegypit


postado em 24/01/2016 06:00 / atualizado em 24/01/2016 08:03

(foto: EM/D.A Press)
(foto: EM/D.A Press)
Na corda bamba, depois de ter irritado o n�cleo influente do governo federal com suas desastrosas declara��es sobre a propaga��o do zika v�rus, o ministro da Sa�de, Marcelo Castro, n�o estaria em apuros se tivesse dado aten��o ao ditado popular que bem alerta: 'em boca fechada n�o entra mosquito'. Na quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff cobrou dele um balan�o das medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e da febre chikungunya. A insatisfa��o do Planalto com o pol�tico indicado pelo PMDB na reforma ministerial parece clara, em especial, quanto �s a��es esperadas dos investimentos feitos na pasta para conter o avan�o das doen�as. Desde novembro do ano passado, a epidemia de zika � considerada emerg�ncia sanit�ria nacional.

A gafe que fez entornar o caldo no colo de Marcelo Castro foi a singela confiss�o do ministro no �ltimo dia 13 de que est� “na torcida” para que as mulheres contraiam o zika v�rus antes de entrar no per�odo f�rtil. “N�o vamos dar vacina para 200 milh�es de brasileiros. Mas para pessoas em per�odo f�rtil, vamos torcer para que as mulheres, antes de entrar no per�odo f�rtil, peguem a zika, para elas ficarem imunizadas pelo pr�prio mosquito. A� n�o precisa da vacina”, afirmou.

Para quem achou que era o bastante, o ministro da Sa�de empunha a bandeira da economia de gastos com a vacina num momento em que os laborat�rios p�blicos Evandro Chagas, Biomanguinhos e Instituto Butant� est�o se preparando para come�ar as pesquisas e desenvolver a subst�ncia contra a doen�a. N�o foi a primeira gafe de Castro.

Boquirotos Sem qualquer interesse pol�tico, nos dicion�rios mais conceituados da l�ngua portuguesa, os boquirotos s�o definidos como perfeitos indiscretos, boca-rotas, tagarelas e, se n�o bastasse, futriqueiros. Se a carapu�a ainda n�o serviu ao ministro da Sa�de, vale a sugest�o de que ele consulte as p�ginas do Aur�lio ou do Houaiss. Dada a temperatura da turbul�ncia pol�tica em Bras�lia, atira �gua limpa � fervura do pr�prio governo do qual faz parte.

H� precedentes no curr�culo do ministro falastr�o. Em outubro do ano passado, quando foi indicado pelo PMDB para assumir a pasta, o deputado federal pelo Piau� deixava o quinto mandato anunciando que seria um ministro “inimpression�vel”, aquele que n�o se curva a press�es.

A express�o n�o est� nos dicion�rios, mas, �s avessas, eles d�o pistas para decifr�-la. Impression�vel � aquela pessoa que se torna presa f�cil de impress�es psicol�gicas. Explicado, ent�o. Afeito � pol�mica, o m�dico e psiquiatra Marcelo Castro, formado pela Universidade Federal do Piau� e doutor em psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, j� havia se estranhado com o presidente da C�mara, Eduardo Cunha.

Intelig�ncia Cunha indicou o deputado para a relatoria da reforma pol�tica, mas parece n�o ter gostado do que viu ao fim dos trabalhos que cabiam ao ministro no Legislativo. Diante do texto feito pelo correligion�rio, que considerou demonstra��o de “pouca intelig�ncia pol�tica”, o presidente da C�mara desconheceu o relat�rio e nomeou Rodrigo Maia (DEM-RJ) como novo relator do projeto.

N�o satisfeito, Castro guarda outro epis�dio no curr�culo, dif�cil de ser digerido pelos brasileiros. O ministro se arvorou em defender a famigerada Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF), que os brasileiros pagaram durante 13 anos. Defensor da volta do tributo, afirmou que a considera “o melhor imposto que existe” e garantiu que a popula��o “n�o vai nem sentir” os efeitos dela, pela disposi��o de fazer o “sacrif�cio” em prol da sa�de.

Criada pelo ex-presidente Itamar Franco como imposto provis�rio em 1994 e sem vincula��o estabelecida, a CPMF foi transformada em contribui��o no governo de Fernando Henrique Cardoso, que encampou a ideia do ent�o ministro da Sa�de, Adib Jatene. Agora, Castro adere � medida e pede a sua reedi��o em car�ter permanente, como o fez o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy. (Com ag�ncias)


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