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Estado de Minas

Ex-senador Gim Argello admite ter alterado lei para ajudar montadoras

� PF, o ex-parlamentar contou que foi relator de um projeto de lei, oriundo da C�mara, que tratava de benef�cios fiscais a empresa


postado em 27/01/2016 20:19 / atualizado em 27/01/2016 20:36

(foto: 24/01/2006. Credito: Jose Varella/CB.)
(foto: 24/01/2006. Credito: Jose Varella/CB.)

Em depoimento � Pol�cia Federal, o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) admitiu ter feito altera��es num projeto de lei a pedido de montadoras de ve�culos. Documentos sob investiga��o na Opera��o Zelotes apontam negocia��o de lobistas do setor automotivo para pagar ao petebista - cujo mandato se encerrou em 2014 - propina de R$ 15 milh�es. Ele nega ter recebido qualquer vantagem indevida.

� PF, Gim contou que foi relator de um projeto de lei, oriundo da C�mara, que tratava de benef�cios fiscais a empresas. O texto fazia restri��es � instala��o de f�brica de empresa que tivesse "liame societ�rio" com alguma outra firma que fosse devedora do Fisco. A CAOA, que monta ve�culos Hyundai no Brasil, pretendia instalar uma planta industrial em Piracicaba (SP).

A matriz coreana da multinacional, a Hyundai Motors, havia adquirido participa��o na Kia Motors. J� a Kia comprara, antes disso, a Asia Motors, empresa que tinha d�vidas tribut�rias com o governo federal. Gim explicou que, por conta da express�o "liame societ�rio", contida no texto, acabou sofrendo press�es de representantes da embaixada coreana, do governo de S�o Paulo e do dono da CAOA para suprimi-la. Por conta do trecho, a montadora estaria amea�ando interromper seus planos de erguer a f�brica paulista.

O ex-senador disse que chegou a conversar com Carlos Alberto de Oliveira Andrade, o CAOA, dono da montadora no Brasil, e um de seus assessores, Eduardo Ruiz Garcia, que pediram a retirada da express�o. Ele contou que, ao final, acabou "acatando as raz�es" e retirando o trecho. Mas ressaltou que n�o houve oferta de valores ou vantagem para que o fizesse.

O ex-congressista tamb�m negou ter recebido suborno para que propusesse emendas a medidas provis�rias. Ele chamou de "inver�dicas e delirantes" informa��es dadas pelo consultor Jo�o Batista Gruginski, um dos investigados na Opera��o Zelotes, � PF. O consultor registrou em di�rio que participou de reuni�o com lobistas de montadoras, no qual teria sido mencionada propina para Gim e os atuais senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Juc� (PMDB-RR) apoiarem emenda a uma MP. O suborno citado alcan�aria R$ 45 milh�es, R$ 15 milh�es para cada um dos pol�ticos.

Gim informou n�o ter recebido doa��es eleitorais da CAOA e da MMC, suspeitas de "encomendar" as MPs, e de outras montadoras. Disse que, como senador do Distrito Federal, prop�s medidas que beneficiariam em particular as montadoras do Estado de Goi�s, tendo em vista os benef�cios indiretos que tanto Bras�lia quanto a regi�o do entorno teriam com a expans�o do setor automotivo do Centro-Oeste".

O advogado Jos� Roberto Batocchio, que defende o dono da CAOA, disse que Carlos Alberto procurou Gim para oferecer uma "leg�tima explica��o" sobre os equ�vocos do projeto de lei. Segundo ele, a altera��o fez muito bem, pois assegurou empregos a milhares de pessoas.


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