S�o Paulo - O corte de 30% no or�amento do Poder Judici�rio Federal provocou inquieta��o entre os ju�zes federais. Nessa quinta-feira, 28, as principais entidades da classe divulgaram um duro manifesto por meio do qual alertam que "estar�o vigilantes �s amea�as �s suas prerrogativas".
O "Manifesto em defesa da Justi�a Federal" � subscrito pelo presidente da Associa��o dos Ju�zes Federais, Ant�nio C�sar Bochenek, e por onze presidentes da entidade em Bras�lia e nos Estados.
Os colegas do juiz federal S�rgio Moro observam que a independ�ncia do Poder Judici�rio Federal "tem sido abalada com cortes que atingiram 30% do seu or�amento, al�m do contingenciamento de valores".
"A atua��o eficiente da Justi�a Federal mostra de forma clara o avan�o das institui��es brasileiras, sobretudo no enfrentamento aos crimes de corrup��o, que atingem a Administra��o P�blica e dilapidam o patrim�nio de todos os brasileiros", ressaltam.
Eles destacam "o senso de responsabilidade e dedica��o dos magistrados federais que atuam por todo o pa�s, principalmente aqueles envolvidos em importantes opera��es, como a Zelotes e a Lava-Jato".
Avisam, ainda, que n�o v�o ceder "a qualquer tipo de intimida��o ou press�o". "Diante dessa nova realidade que come�a a quebrar velhos paradigmas e transformar a percep��o da sociedade sobre a puni��o dos corruptos, os ju�zes federais sempre defender�o a miss�o de julgar e distribuir justi�a", escreveram
Os ju�zes alertam que "para dar continuidade e n�o prejudicar os trabalhos que v�m avan�ando nos �ltimos anos, � fundamental prover condi��es adequadas de trabalho a todos os magistrados e servidores da Justi�a Federal". "Apesar de todas as limita��es estruturais e financeiras enfrentadas, a Justi�a Federal brasileira � reconhecida pela qualidade das suas decis�es."
Ao fim do manifesto, os ju�zes federais afirmam que "estar�o vigilantes �s amea�as �s suas prerrogativas e v�o acompanhar qualquer movimento que tenha o objetivo de desestabilizar ou atacar a miss�o constitucional da Justi�a Federal".
Dizem tamb�m que "n�o ser�o admitidas acusa��es levianas de pessoas que foram atingidas pelas decis�es dos magistrados federais em todas as inst�ncias sem uma rea��o imediata e contundente destas associa��es de ju�zes."