
O Instituto Lula publicou em seu site reprodu��es de documentos para voltar a negar que o apartamento no edif�cio Solaris, no Guaruj�, perten�a a Luiz In�cio Lula da Silva e sua fam�lia. A entidade confirmou que o ex-presidente esteve na unidade 164-A, um tr�plex de 215 metros quadrados, em uma "�nica ocasi�o", em 2014, com a mulher, Marisa Let�cia, e o presidente da OAS, L�o Pinheiro. "Lula e Marisa avaliaram que o im�vel n�o se adequava �s necessidades e caracter�sticas da fam�lia, nas condi��es em que se encontrava", diz a nota.
O instituto afirma que a ex-primeira-dama e F�bio Lu�s Lula da Silva voltaram ao apartamento quando este estava em obras. Segundo o instituto, Lula estava avaliando a compra da unidade, mas n�o fechou o neg�cio. O apartamento est� em nome da pr�pria OAS.
A nota reproduz o contrato para a compra de uma cota-parte da Bancoop pela ex-primeira-dama Marisa Let�cia, em 2005, e anexa comprovante de pagamentos mensais � Bancoop e diz que a fam�lia investiu R$ 286 mil em valores atualizados na cota, que daria direito a op��o de compra da unidade 141, de 82 metros quadrados, no condom�nio. O investimento foi declarado pelo ex-presidente ao Tribunal Superior Eleitoral na campanha presidencial de 2006.
Em setembro de 2009, depois da crise financeira da Bancoop, a fam�lia decidiu n�o aderir ao contrato com a incorporadora OAS, que assumiu a obra, mas, segundo o instituto, manteve "o direito de solicitar a qualquer tempo o resgate da cota de participa��o na Bancoop e no empreendimento". Em novembro de 2015, segundo o texto, Marisa Let�cia assina um termo pedindo o resgate da cota, a serem pagos em "36 parcelas, com um desconto de 10% do valor apurado, nas mesmas condi��es de todos os associados que n�o aderiram ao contrato com a OAS em 2009". "A devolu��o do dinheiro aplicado ainda n�o come�ou a ser feita", anota o instituto.
O texto, publicado no fim da noite de s�bado, 30, e compartilhado pela p�gina do instituto no Facebook neste domingo, diz que "advers�rios de Lula e sua imprensa tentam criar um esc�ndalo a partir de invencionices". O instituto voltou a criticar a decis�o do promotor C�ssio Conserino de intimar Lula e sua mulher a depor como investigados. "Al�m de infundada, a acusa��o leviana do promotor desrespeitou todos os procedimentos do Minist�rio P�blico, pois Lula e Marisa sequer tinham sido ouvidos no processo", afirma nota.
O Instituto Lula j� havia divulgado uma nota na sexta-feira, 29, sobre o assunto. "S�o infundadas as suspeitas do Minist�rio P�blico de S�o Paulo e s�o levianas as acusa��es de suposta oculta��o de patrim�nio por parte do ex-presidente Lula ou seus familiares", dizia a nota. "A verdade ficar� clara no correr das investiga��es."
Conserino diz ter ind�cios de que houve tentativa de esconder a identidade do verdadeiro dono do tr�plex, o que pode caracterizar crime de lavagem de dinheiro.
Na quarta-feira, 27, a Opera��o Lava Jato deflagrou a Triplo X, sua 22ª fase, que tinha como alvos a Bancoop, a OAS e a Mossack Fonseca. Segundo a PF, esta etapa da investiga��o apura a oculta��o de patrim�nio por meio de um empreendimento imobili�rio, o Condom�nio Solaris, "havendo fundadas suspeitas de que uma das empreiteiras investigadas na Opera��o Lava Jato teria se utilizado do neg�cio para repasse disfar�ado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras".
A Pol�cia Federal incluiu o tr�plex 164-A no rol de im�veis com "alto grau de suspeita quanto � sua real titularidade" sob investiga��o na opera��o.