
Castro afirmou que nunca teve d�vida de que retomaria o mandato de deputado federal para apoiar a recondu��o de Leonardo Picciani (RJ) � lideran�a do PMDB. Na avalia��o dele, sua participa��o na disputa era importante, pois ela representa uma “encruzilhada” entre o grupo do PMDB que apoia a presidente Dilma Rousseff e outro que � favor�vel ao impeachment. “Nunca tive d�vida de que voltaria. S� n�o achava que deveria publicizar para n�o criar expectativa antecipada”, afirmou Castro. Ele disse que, desde o come�o da campanha para lideran�a do PMDB, ele tinha certeza de que pediria exonera��o para participar do pleito. Segundo o peemedebista, como �nico deputado do PMDB do Piau� e como presidente estadual da sigla, n�o poderia deixar de participar do pleito na tarde desta quarta-feira.
O ministro confirmou que o Planalto deu aval para sua exonera��o. Ele disse que comunicou seu desejo de participar da elei��o do PMDB na C�mara aos ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de governo) e ao assessor especial da Presid�ncia da Rep�blica, Giles Azevedo. “Comuniquei e todos concordaram com a minha decis�o”, comentou. Ele ressaltou que n�o chegou a conversar diretamente com a presidente Dilma Rousseff. Alvo de protestos, ele minimizou as manifesta��es e disse que n�o se sente constrangido “Um homem p�blico assume posi��es e isso tem consequ�ncias. E estou certo de que tomei a decis�o certa”.
An�lise da not�cia
Simbolismo
A licen�a tirada pelo ministro da Sa�de, Marcelo Castro, com certeza n�o vai comprometer as a��es do governo contra o zika v�rus, a dengue e a chikungunya. Mas ela carrega um forte simbolismo de como o pa�s prioriza as a��es pol�ticas mesmo diante de um problema grav�ssimo de sa�de p�blica. A imagem que fica para o cidad�o comum � que o governo est� mais preocupado com a vit�ria eleitoral de um aliado para salvar a pele da presidente do que com a sa�de de milh�es de brasileiros que est�o sofrendo nas filas dos postos de sa�de. Talvez Dilma n�o tenha se dado conta disso ao licenciar o ministro. Que, vale lembrar, n�o foi escolhido por crit�rios t�cnicos. Castro chegou � Esplanada por indica��o pol�tica do grupo do PMDB mais afinado com o Planalto. (Renato Scapolatempore)