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Estado de Minas

Conta secreta era uma 'poupan�a' para a aposentadoria, diz Jo�o Santana


postado em 25/02/2016 17:19 / atualizado em 25/02/2016 17:43

"A conta era mantida como uma 'poupan�a' para sua aposentadoria", registra a Pol�cia Federal, nas quatro p�ginas do depoimento do marqueteiro do PT Jo�o Santana, preso h� dois dias alvo da 23ª fase da Opera��o Lava Jato. Ele e a mulher, M�nica Moura, s�o suspeitos de terem recebido pelo menos US$ 7,5 milh�es por meio da conta secreta, na Su��a, em nome da offshore Shellbill Finance SA.

Os pagamentos foram feitos pela Odebrecht, por meio de offshores controladas por ela, segundo a Lava Jato, e pelo operador de propinas ligado ao estaleiro holand�s Keppel Fels Zwi Skornicki - tamb�m preso na nova fase batizada Opera��o Acaraj�.

"Com rela��o � conta aberta na Su��a em nome da Shellbill Finance SA, acredita que tenha sido aberta por volta do ano de 1998/99 para recebimento de valores de aproximadamente 70 mil d�lares de um servi�o prestado na Argentina", registra a PF, no depoimento ouvido pelo delegado M�rcio Adriano Anselmo.

"� o controlador da referida conta", afirmou Santana, segundo registro da PF.

Disse que n�o sabe quem s�o os benefici�rios e que acreditava que a offshore era ligada � empresa Polis Argentina - que ele declarou ser dono apenas em 2015. O marqueteiro soube que a conta n�o era vinculada � empresa argentina em recente auditoria.

Criador das campanhas eleitorais do casal, Jo�o Santana explicou que � sua mulher e s�cia, M�nica Moura, que cuida da �rea financeira e administrativa dos neg�cios. A conta, segundo o marqueteiro, foi aberta por interm�dio de um representante no Uruguai, por indica��o de um amigo argentino.

No Brasil, os dois foram os marqueteiros das �ltimas tr�s campanhas presidenciais do PT, Dilma Rousseff (2010 e 2014) e Luiz In�cio Lula da Silva (2006). Fora do Brasil, participavam at� domingo da campanha na Rep�blica Dominicana, mas atuaram em Angola, no Panam�, na Venezuela.

"(Santana) acredita que a conta passou a receber mais volume de recursos nos anos de 2011/2012 quando o declarante atuou nas tr�s campanhas presidenciais no exterior", afirmou o marqueteiro. A campanha de Angola teria custado US$ 50 milh�es, "n�o se recordando do custo das campanhas na Rep�blica Dominicana e na Venezuela".

Santana diz n�o ter como esclarecer a origem dos valores que entraram na conta da Shelbill, nem o destino do dinheiro. "M�nica � respons�vel pelas movimenta��es na referida conta."

No caso dos recebimentos de offshores que seriam ligadas � Odebrecht, Santana disse desconhecer os pagamentos feitos pela empreiteira. No caso de Zwi, lembrou apenas que havia valores a receber pela disputa eleitoral em Angola.

O marqueteiro disse lembrar que "em alguns momentos, em raz�o de crises de liquidez, foram utilizados valores da referida conta para aquisi��o de equipamentos ou pagamentos de fornecedores".

Conta

Santana afirmou � PF que abriu a conta da Shellbill quando iniciou sua carreira internacional em 1998, nas elei��es na Argentina. O marqueteiro do PT disse que no ano de 2002 retornou ao Brasil e atuou na campanha ao Senado de Delc�dio do Amaral (PT-MS).

"No ano de 2005/2006, em raz�o do caso mensal�o, foi convidado pelo ent�o presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva para atuar na campanha � Presid�ncia do mesmo", registra a PF. Citou em seu hist�rico profissional ainda as campanhas de Marta Suplicy e Gleisi Hoffmann, al�m da atua��o como consultor na disputa eleitoral em Campinas.


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