M�nica Moura, mulher e s�cia do marqueteiro do PT, Jo�o Santana, declarou � Pol�cia Federal que o repasse de US$ 4,5 milh�es feito pelo operador de propinas do estaleiro Keppel Fes, Zwi Skornicki, foi acertado no escrit�rio do lobista, no Brasil, por conta de valores a receber que o casal tinha da campanha eleitoral de Jos� Eduardo Santos para a presid�ncia de Angola. Santana e M�nica foram presos nesta semana na Opera��o Acaraj�, 23ª fase da Lava-Jato.
Jo�o Santana, M�nica Moura e Zwi Skornicki est�o presos em Curitiba, alvos da Lava Jato. O casal de marqueteiros que fez a campanha da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014) e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (2006), � suspeito pelo recebimento de US$ 7,5 milh�es de forma irregular de dois alvos do cartel envolvido em corrup��o na Petrobras. Parte (US$ 4,5 milh�es) foi paga pelo lobista do estaleiro Keppel Fels e parte (US$ 3 milh�es) pela Odebrecht, apontam os investigadores.
Segundo Monica, o valor recebido de Zwi tem rela��o com a campanha presidencial de Jos� Eduardo Santos para a presid�ncia, que teve custo total de US$ 50 milh�es - mesmo valor citado por Jo�o Santana, ouvido na manh� desta quinta-feira, 25, pela for�a-tarefa da Lava-Jato.
Ela disse que esse contrato englobava "uma pr�-campanha, a campanha e uma p�s campanha que era uma consultoria para pronunciamentos".
Contrato de gaveta
Do valor global do contrato de Angola, US$ 30 milh�es foram captados por meio de contrato com a empresa dela e do marido, a Polis Brasil. Os outros US$ 20 milh�es, confessou, "foram pagos por meio de um contrato de gaveta, n�o contabilizado". Monica comprometeu-se a apresentar o contrato � PF.
Na ocasi�o, disse, procurou Zwi Skornicki em seu escrit�rio no Brasil e acertaram um pagamento de US$ 4,5 milh�es, depositados na conta da Shellbill Finance.
Ela relatou n�o saber "por qual motivo foi feito o pagamento, acreditando que tenha sido por interesse do empres�rio (Zwi Skornicki) em neg�cios" em Angola.
Monica confirmou o envio de uma carta a Zwi Skornicki, na qual passa orienta��es para a elabora��o do contrato. Ela disse que "apagou os dados da Klienfeld para n�o expor tal empresa a Zwi Skornicki" e que "nunca se preocupou em saber qual a �rea de atua��o de Zwi".
Campanhas no Brasil
A mulher do marqueteiro do PT negou que pagamentos por ele realizados tenham qualquer rela��o com campanhas eleitorais no Brasil. Afirmou que ela e o marido "s� atuam no marketing eleitoral e que os principais clientes, no Brasil, s�o o PT, o PDT e o PMDB".
Monica disse, ainda, que "deixou de declarar suas contas no exterior pois aguardava a promulga��o de eventual lei de repatria��o de valores, o que retiraria o car�ter il�cito da manuten��o da conta na Su��a em nome da Shellbil Finance."
Afirmou, ainda, que "em todas as suas campanhas, n�o fosse por imposi��o dos contratantes. preferia que fosse tudo contabilizado".