Bras�lia - Em jantar na noite dessa ter�a-feira (1º) com parlamentares do PDT, a presidente Dilma Rousseff fez um discurso considerado "longo, mas necess�rio", no entanto, n�o conseguiu garantir apoio a temas considerados fundamentais para o governo como a recria��o da CPMF e a reforma da previd�ncia. Durante o jantar, Dilma fez defesa das pautas econ�micas, da Petrobras e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
"N�o d� s� pra dizer que � contra por ser, vamos aprofundar debate", afirmou.
Em rela��o a reforma da Previd�ncia, que tamb�m foi defendida pela presidente no jantar, o l�der do partido na C�mara disse que os parlamentares externaram a opini�o de que n�o � o momento para se tratar do tema. "Fizemos esse apelo", afirmou.
O ministro Andr� Figueiredo (Comunica��es), que � deputado licenciado do PDT, afirmou que o jantar foi basicamente uma reuni�o de integra��o. "A presidente se mostrou muito � vontade para discutir temas importantes para a governabilidade", afirmou.
Outros parlamentares tamb�m destacaram a postura informal de Dilma e disseram que a presidente fez quest�o de frisar sua abertura para o di�logo. O jantar desta ter�a-feira faz parte dos encontros com que a presidente pretende promover com os partidos da base aliada. Amanh�, Dilma almo�a com o PRB. Na semana passada, Dilma jantou com PTB.
Ao receber os parlamentares, Dilma fez quest�o de prestigiar um por um com pequenas conversas individuais, antes de oferecer o jantar - que teve no card�pio bacalhau e fil�, al�m de salada e arroz de alho.
Dilma fez uma retrospectiva de sua trajet�ria pol�tica, lembrou o in�cio de sua milit�ncia no PDT e fez uma an�lise do momento atual do pa�s. O processo de impeachment, que est� em curso na C�mara, foi abordado rapidamente, segundo relatos, com os pedetistas fazendo uma defesa do mandato de Dilma. "Nos reiteramos que somos contra o impeachment, pois temos a clareza de que na forma que foi constru�do � uma tentativa clara de golpe branco", disse o l�der do partido.
Dilma tamb�m fez uma defesa da Petrobras e refor�ou a for�a e independ�ncia das institui��es nas investiga��es da Opera��o Lava Jato. Os parlamentares inclusive fizeram uma breve fala contr�ria ao projeto rec�m-aprovado no Senado, que ir� para a C�mara, que retira a obrigatoriedade da Petrobras de ser operadora �nica e ter participa��o m�nima de 30% na explora��o da camada do pr�-sal.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, fez uma fala - segundo presentes - radicalmente contr�ria ao projeto aprovado no Senado. "O partido n�o vai de maneira alguma participar e assinar embaixo de qualquer debate que seja a sa�da da Petrobras, at� porque a crise tamb�m � dos baixos pre�os do barril do petr�leo, e essa crise n�o � pra sempre", disse um deputado. O l�der do PDT corroborou a opini�o e afirmou que mudar a pol�tica em torno do pr�-sal � "uma pol�tica de entreguismo irrespons�vel."
Segundo relatos, Dilma n�o opinou diretamente sobre o tema, mas "o sentimento" foi de que ela n�o permitir� que a Petrobras perca seu protagonismo. Al�m de Lupe e Rocha, participaram do jantar os deputados: Roberto G�es (AP), F�lix Mendon�a Junior (BA), Subtenente Gonzaga (MG), Jos� Augusto Curvo (MT), Fl�via Morais (GO), Dagoberto (MS), Flavio Nogueira (PI), Giovani Cherini (RS), Wolnei Queiroz (PE), Afonso Motta (RS),
Tamb�m estiveram no encontro os senadores Acir Gurgacz (RO) e Telm�rio Mota (RR) e os ministros Andr� Figueiredo (Comunica��es), que � deputado licenciado do PDT, Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).