Secret�rio da Casa Civil de Alckmin � investigado por enriquecimento il�cito

O Minist�rio P�blico de S�o Paulo instaurou inqu�rito civil para investigar o secret�rio Edson Aparecido, da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), por suposto enriquecimento il�cito e improbidade administrativa. Aparecido � deputado federal licenciado. Ele � homem de confian�a de Alckmin h� muitos anos.

Em janeiro, a Opera��o Alba Branca apontou envolvimento do ent�o chefe de gabinete de Edson Aparecido - Luiz Roberto dos Santos, o 'Moita' - com uma organiza��o criminosa que fraudava licita��es da merenda escolar em pelo menos 22 prefeituras e que mirava em contratos da Secretaria da Educa��o de Alckmin.

A apura��o foi instaurada no dia 29 de fevereiro ap�s revela��o de que o secret�rio comprou um im�vel do empreiteiro Luiz Alberto Kamilos, dono da Construtora Kamilos, por 30% do valor. A empresa � 'contratada pelo Estado de S�o Paulo para a execu��o de vultuosas obras p�blicas'.

Na portaria de instaura��o do inqu�rito, o promotor Marcelo Milani destaca que o apartamento 16 do edif�cio "Maison Charlotte", no bairro de Indian�polis, foi adquirido 'por valor muito inferior ao de mercado, gerando suspeitas sobre poss�vel incompatibilidade de sua remunera��o p�blica com a sua respectiva evolu��o patrimonial'.

"Havendo not�cia de poss�vel atentado aos princ�pios da Administra��o P�blica e de poss�vel enriquecimento indevido, a configurar, em tese, a pr�tica de atos de improbidade administrativa, sendo necess�ria a coleta de outras informa��es para orientar a eventual tomada de provid�ncias legais e pertinentes, resolve o 8º Promotor de Justi�a do Patrim�nio P�blico e Social da Capital instaurar o inqu�rito civil", afirma o documento.

Defesa

O secret�rio da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin afirmou que vai prestar "todos os esclarecimentos necess�rios ao Minist�rio P�blico e ao promotor Marcelo Milani". Segundo Edson Aparecido, o caso refere-se a um im�vel "comprado h� mais de 10 anos", de quando ele n�o integrava o governo, "de maneira absolutamente l�cita e transparente, por meio da imobili�ria Coelho da Fonseca, que foi paga pela presta��o de servi�o e emitiu todos os recibos e documentos referentes � opera��o". E afirma que, "tudo foi devidamente registrado nos �rg�os competentes e declarado � Receita Federal e aos respectivos Tribunais Eleitorais. N�o h� nenhuma ilegalidade ou qualquer oculta��o de patrim�nio". Edson Aparecido diz estar � disposi��o "para prestar todos os esclarecimentos e comprovar a lisura do fato".