Oposi��o vai ao STF por impeachment

Bras�lia - Passada a semana marcada pela den�ncia que coloca o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na condi��o de r�u da Opera��o Lava-Jato, pela revela��o de trechos de uma dela��o premiada em negocia��o pelo senador Delc�dio Amaral (PT-MS) e pela a��o policial da for�a-tarefa que mira no ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, a oposi��o vai concentrar esfor�os para retomar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na C�mara dos Deputados.

Al�m de obstruir vota��es no plen�rio at� que seja instalada a comiss�o que vai analisar o processo, um grupo de deputados pediu audi�ncia com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para falar sobre o assunto. Os parlamentares esperam que o Supremo publique o ac�rd�o do julgamento do rito do impeachment o quanto antes, para que a comiss�o possa ser instalada.

A expectativa � de que isso aconte�a j� nesta ter�a-feira (8), mas a Corte ainda ter� de julgar os recursos apresentados por Cunha. Mesmo � merc� do ritmo que ser� adotado pelos ministros do STF, a avalia��o de l�deres de partidos como o PSDB e o DEM � de que a oposi��o n�o pode desperdi�ar este momento de fragilidade do governo e precisa agir unida para levar a discuss�o sobre o afastamento de Dilma ao plen�rio.

A dela��o premiada de Delc�dio, ex-l�der do governo no Senado, que deve ser homologada nos pr�ximos dias pelo Supremo, � considerada o ponto central para dar impulso ao processo de afastamento da petista.

Aditamento

A oposi��o vai pedir que as informa��es que j� circularam, especialmente a de que a presidente teria atuado para interferir em processos judiciais da Opera��o Lava Jato, sejam incorporadas tanto ao processo de impeachment na C�mara quanto � a��o que pede a cassa��o do mandato de Dilma no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os parlamentares da oposi��o tamb�m apostam na manifesta��o contra o governo, marcada para domingo, como catalisador do processo. "A oposi��o est� toda mobilizada. N�o h� d�vida que tanto o processo do impeachment quanto a a��o do TSE ganharam for�a", disse o deputado Antonio Imbassahy (BA), l�der do PSDB na C�mara.

Apesar de a oposi��o considerar que a��o policial em torno do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva desgastou o governo, a avalia��o � de que Lula conseguiu emplacar o discurso de v�tima ap�s o mandado de condu��o coercitiva que o obrigou a prestar depoimento.

"A estrat�gia � colocar o processo do impeachment para rodar logo. O Lula � um problema da pol�cia", disse o l�der do DEM na C�mara, Pauderney Avelino (AM).

O l�der descartou a vota��o de qualquer mat�ria que ajude a economia nos pr�ximos dias, mesmo com os pedidos do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em meio � crise econ�mica. "Sem chance de votar qualquer medida econ�mica agora".