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Estado de Minas

Lobista que pagou marqueteiro do PT recebeu de outras cinco investigadas

Entre 2013 e 2014, Zwi recebeu comiss�es milion�rias por intermediar contratos das empresas Queiroz Galv�o, Iesa, Saipem, Ensco e UTC


postado em 07/03/2016 19:13 / atualizado em 07/03/2016 19:25

Curitiba – A Opera��o Lava Jato identificou pelo menos cinco outras empresas investigadas por corrup��o na Petrobras – al�m do estaleiro Keppel Fels – pagaram o operador de propinas Zwi Skornicki, que repassou US$ 4,5 milh�es para a conta secreta da Su��a do marqueteiro do PT Jo�o Santana – preso com a mulher, M�nica Moura, desde 23 de fevereiro, em Curitiba alvos da 23ª fase, batizada de Opera��o Acaraj�.


Entre 2013 e 2014, Zwi recebeu comiss�es milion�rias pelo seu trabalho de intermediador de contratos das empresas Queiroz Galv�o, Iesa, Saipem, Ensco e UTC – as quatro primeiras negam irregularidades. H� ainda pagamentos regulares por outras que n�o s�o alvo da Lava Jato, como a Siemens, Doris, Megatranz, Frasopi e Sotreq.

As investiga��es da Lava-Jato nessa frente buscam identificar se o dinheiro que transitou das contas de Zwi para a conta secreta de Jo�o Santana teve como origem os desvios na Petrobras. A for�a-tarefa chegou aos US$ 4,5 milh�es transferidos pelo lobista para o marqueteiro do PT analisando os recebimentos da conta mantida por ele no Banke Heritage, na Su��a, em nome da offshore Shellbill Finance SA. Ao todo, foram identificados nove dep�sitos na Shellbill – de Jo�o Santana –, que passaram pela ag�ncia do Citibank em Nova Iorque, tendo como pagador contas de outra offshore, a Depp Sea Oil, que pertence a Zwi Skornicki.

A Deep Sea Oil � uma das empresas que existiam apenas no papel abertas pelo lobista no exterior e supostamente usadas para movimentar propina. No Rio, Zwi recebia por seus servi�os via Eagle do Brasil, informa a Lava-Jato.

Investigadores da Lava-Jato haviam apreendido em 2015 na casa do lobista, no Rio, documentos da contabilidade da empresa de consultoria de Zwi, a Eagle do Brasil. Essa empresa, para os investigadores, era a principal recebedora dos servi�os de intermedia��o de contratos na Petrobras.

Foi por meio de contas legais e secretas que a Lava-Jato investiga a pr�tica de corrup��o e lavagem de dinheiro. Al�m do marqueteiro, h� a identifica��o de pagamentos de propina ocultou a outros investigados.

A PF anexou aos autos o registro de venda, em 2012, de uma BMW 550i no valor de R$ 380 mil para o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco, delator do processo. H� ainda o registro de pagamento de aparelhagem de gin�stica paga para o ex-diretor de Servi�os Renato Duque no valor de R$ 25 mil, no mesmo ano.

Coopera��o internacional

A chave para detalhar as propinas intermediadas por ZWi Skornicki est� no Delta Bank. O operador tem contas em seu nome e em nome da offshore Deep Sea Oil nessa institui��o financeira.

Nos documentos analisados nas buscas de Zwi, a PF identificou uma lista de convidados para festa do filho e s�cio Bruno Skornicki em que al�m de investigados da Lava Jato, como Jo�o Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, ex-funcion�rios da Petrobras, est� registrada a presen�a de Paulo Alexandre Lerner, gerente do Delta Bank em Nova York. Ele n�o foi encontrado para comentar o caso.

No Relat�rio de An�lise de M�dia nº 449/2015 da PF h� uma troca de e-mail entre Zwi e Lerner, em que o lobista pede ao executivo do banco "que confirme valores" que recebeu do Keppel Shipyard". "A conclus�o l�gica � que Zwi recebia valores de comiss�o do Estaleiro Keppel Fels em contas no Delta Bank, possivelmente em nome da offshore Deep Sea Oil Corp", afirma o delegado Filipe Hille Pace.

Barusco, delator da Lava-Jato, afirmou que houve acerto de 1% de propina em contratos bilion�rios de navios-sonda pelo estaleiro. Os valores foram pagos por Zwi, segundo ele.

Em outra troca de mensagem Zwi trata com Angela Boni, identificada pela PF como representante do banco. “ Na mensagem, Zwi Skornicki d� ordens e faz indaga��es a funcion�ria do Delta Bank de nome Angela Boni.” H� ainda o envio de documento para assinatura do lobista. “Tratam-se de comandos para venda de ativos, dentre outras provid�ncias.”

S� do estaleiro Keppel Fels, uma das principais fontes pagadores das consultorias de Zwi, o lobista recebeu R$ 32 milh�es no per�odo investigado.

Dos US$ 4,5 milh�es que a conta da Deep Sea Oil passou para conta secreta de Jo�o Santana, tr�s pagamentos foram feitos entre julho e novembro de 2014 – todos no valor de US$ 500 mil –, per�odo da campanha eleitoral em que a presidente Dilma Rousseff foi eleita. A Polis Propaganda e Marketing, do marqueteiro petista, foi a respons�vel pela campanha, ao custo de R$ 70 milh�es.

M�nica Moura, presa junto com Santana, em Curitiba, afirmou em depoimento � Pol�cia Federal no dia 24 de fevereiro, que os valores repassados por Zwi foram caixa 2 da campanha presidencial de Angola. O nome do operador, segundo ela, foi indicado pela campanha angolana.

A defesa de Zwi Skornicki informou que s� vai se pronunciar nos autos.

O presidente da UTC, Ricardo Pessoa, fechou acordo de dela��o premiada e confessou ter pago propina em contratos da Petrobras para executivos da estatal, partidos e pol�ticos. A Queiroz Galv�o tem negado irregularidades.

N�o foram encontrados representantes da Keppel Fels, IESA, Saipem e Ensco para comentar o caso.


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