Os advogados de Danielle Dytz, filha do presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enviaram nesta ter�a-feira, 8, ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para manter na Suprema Corte as investiga��es contra ela no �mbito da Opera��o Lava-Jato.
Cunha, alvo de tr�s processos no Supremo por suspeita de envolvimento no esquema de corrup��o da Petrobras, j� foi denunciado ao STF por Janot por causa desse inqu�rito. A PGR aponta que ele teria recebido mais de R$ 5 milh�es em propinas em contratos da estatal em Benin, na �frica, que teriam abastecido as contas ilegais no pa�s europeu.
Segundo os advogados de Danielle, o pedido feito por Janot para desmembrar os casos dificultaria a defesa por causa da "clara imbrica��o das condutas dos investigados". Na manifesta��o, a defesa da filha do parlamentar diz n�o haver como separar a an�lise da conduta atribu�da a ela e � madrasta das pr�ticas criminosas pelos quais seu pai j� foi denunciado.
"O requerimento de desmembramento do feito em rela��o � ora requerente contrasta simultaneamente com a jurisprud�ncia do STF e com a postura adotada pelo pr�prio PGR nos procedimentos investigativos e den�ncias ofertadas no �mbito da mesma denominada Opera��o Lava Jato", alegam os advogados.
Ontem, os advogados da jornalista Cl�udia Cruz, mulher de Cunha, apresentaram um pedido no mesmo sentido. Cl�udia � apontada como titular de uma das contas da qual Danielle seria benefici�ria. A conta em nome de Cl�udia foi registrada no nome fantasia de Kopek e pagou gastos de cart�o de cr�dito, academia de t�nis na Fl�rida e cursos na Espanha e no Reino Unido.
Na semana passada, o peemedebista se tornou o primeiro r�u no Supremo no �mbito da Lava Jato por causa do processo que investiga o recebimento de vantagens ilegais em contratos de compra de navios-sonda com a Petrobras.
Ontem, o ministro Teori Zavascki autorizou a abertura de um novo inqu�rito - desta vez, baseado em ind�cios de que o parlamentar teria recebido R$ 52 milh�es em propina nas obras do Porto Maravilha.