Bras�lia - L�der do PR e substituto por uma noite no Conselho de �tica da C�mara, o deputado Maur�cio Quintella Lopes (AL) eximiu-se de responsabilidade no caso da suposta falsifica��o de um documento encaminhado ao colegiado no dia da aprova��o do parecer pela continuidade do processo disciplinar contra o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta quarta-feira, 9, mostra que dois peritos constataram falsifica��o da assinatura do deputado Vin�cius Gurgel (PR-AP), aliado de Cunha. Na noite da vota��o, 2 de mar�o, quando o grupo do peemedebista foi surpreendido com a retomada da sess�o que havia sido suspensa por causa do in�cio das vota��es em plen�rio, Gurgel encaminhou uma carta de ren�ncia ao cargo de membro titular do colegiado.
"Essa assinatura que est� em discuss�o n�o � minha, � dele", afirmou Quintella ao jornal O Estado de S.Paulo. "A �nica assinatura minha � para minha indica��o. O Vin�cius � que mandou o of�cio dele para a Mesa Diretora renunciando. A Mesa tem um setor que confere e j� declarou que a assinatura dele confere. Se ele assinou na pressa, correndo, n�o posso falar. Quem pode falar � ele".
Na noite da vota��o, advers�rios de Cunha desconfiaram da troca de �ltima hora e sugeriram ao presidente do Conselho, Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA), que n�o aceitasse a mudan�a. Os aliados de Cunha alegaram que Gurgel estava doente e que o documento foi encaminhado naquele dia por meio de avi�o. Ara�jo aceitou a mudan�a. Nesta semana, Gurgel voltou como titular ao colegiado, o que gerou revolta.
Ao Broadcast Pol�tico, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, parlamentares contaram que Gurgel faz uso de forte medica��o e que no dia ele estava em Bras�lia, mas n�o tinha condi��es de comparecer � sess�o noturna. A assinatura, segundo eles, pode ter sa�do diferente devido �s condi��es em que ele se encontrava. � Folha de S. Paulo, o deputado disse que "estava de ressaca".
"Ele j� declarou que assinou. A condi��o em que assinou cabe a ele justificar ou n�o. Quando chegou ao conselho, a assessoria dele j� tinha mandado o of�cio, foi acatado pelo �rg�o na Mesa respons�vel por conferir a assinatura. S� fiz manifestar o voto dele e fui embora", afirmou Quintella.