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Estado de Minas

PMDB de Minas desdenha de minist�rio oferecido por Dilma

Bancada mineira do partido entende que n�o vale a pena o desgaste de aceitar o convite para assumir a pasta da Avia��o Civil, feito pelo governo ao deputado federal Mauro Lopes


postado em 11/03/2016 06:00 / atualizado em 11/03/2016 07:13

Temer vai comandar a convenção do PMDB nesta sábado (12), que deve afastar o partido ainda mais do governo (foto: Euler Jr./EM/D.A Press - 15/2/16)
Temer vai comandar a conven��o do PMDB nesta s�bado (12), que deve afastar o partido ainda mais do governo (foto: Euler Jr./EM/D.A Press - 15/2/16)

A sangria do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e a possibilidade de um rompimento pr�ximo com a petista chegaram a tal n�vel que o PMDB de Minas Gerais est� desdenhando do que seria o desejo de qualquer peemedebista: o comando de um minist�rio. A bancada foi contemplada com um convite para a pasta da Avia��o Civil, mas entende que n�o vale a pena o desgaste e aguarda o resultado da conven��o nacional de amanh� para decidir o que fazer. E � bom esperar mesmo. A ala oposicionista do partido vai pedir que seja colocada em vota��o a proposta de desembarcar de vez da gest�o da petista e n�o vai faltar quem fa�a coro. Por outro lado, os mais moderados tentar�o partir para um caminho mais intermedi�rio, como liberar os parlamentares para votar como quiserem no processo de impeachment, por�m sem sair do governo.

Nos bastidores, integrantes da bancada mineira acreditam que as chances de o deputado federal Mauro Lopes, convidado a assumir a vaga no minist�rio, aceitar a miss�o � pequena. “Vai gerar um desgaste grande para um minist�rio que n�o tem condi��es nenhuma de ajudar as bancadas nas bases. Nem Minas e nem a bancada federal est�o fazendo quest�o, ningu�m quer”, afirmou um parlamentar mineiro. Pelos tr�mites normais, j� era para Lopes ter sido nomeado, mas at� agora seus colegas mant�m o suspense. Nem mesmo o vice-governador Ant�nio Andrade, que preside o PMDB mineiro, soube confirmar se ele assumir� a indica��o. “Da �ltima vez que falei com o Mauro Lopes, ele estava pensativo se ia ou n�o porque tinha essas quest�es do PMDB, mas a decis�o era de n�o assumir antes da conven��o do partido”, afirmou.

Questionado se a espera pela conven��o seria por causa de um iminente rompimento, Andrade disse que n�o. “� porque ele est� muito absorvido pela elei��o, tem andado muito com o Michel (vice-presidente, Michel Temer, que ser� reeleito presidente do partido)”, disse. Apesar de os peemedebistas mineiros estarem divididos, o vice-governador disse que a maioria � pela manuten��o da alian�a com Dilma. O deputado federal Newton Cardoso Jr afirmou que a decis�o de assumir o minist�rio � de foro �ntimo do colega de bancada. O �nico apoio que ele garantiu foi a Michel Temer. “Precisamos fazer uma apura��o mais profunda para tomar uma decis�o. O pa�s inteiro est� em crise e vive uma necessidade de mudan�a, mas n�o podemos tomar medidas radicais a n�o ser embasadas em s�lidos argumentos”, afirmou.

Apesar do clima desfavor�vel, Mauro Lopes admitiu que pode assumir o Minist�rio da Avia��o depois da conven��o, mas evitou comentar o assunto. O parlamentar afirmou estar preocupado, no momento, com a reuni�o do partido na qual, al�m de Temer, ele ser� reconduzido como secret�rio-geral. “Tudo indica que vai ser uma conven��o tranquila”, afirmou. Nem tanto, se depender dos peemedebistas contr�rios � Dilma. “Vamos colocar mo��es de rompimento e pedidos para entregar os minist�rios. Tem diversos deputados e diret�rios dispostos a isso”, adiantou o deputado federal L�cio Vieira Lima (BA).

Vontade


Segundo Vieira Lima, o Sul j� fechou quest�o sobre isso e a vontade de romper com Dilma n�o falta. “O Temer � sempre mais moderado, mas tem uma ala muito forte hoje que pede o desembarque do governo e tem outra que quer continuar com os cargos. Vai depender de como vai ser a condu��o da conven��o”, afirmou. Independentemente do resultado de s�bado, o parlamentar vai �s manifesta��es na Bahia e garantiu que outros peemedebistas ir�o engrossar os protestos pelo pa�s.

Poucos dias antes da conven��o, o presidente do Senado Renan Calheiros (AL) se reuniu com alguns dos principais nomes do PSDB, senadores A�cio Neves (MG), Jos� Serra (SP) e C�ssio Cunha Lima (PB) em um jantar em Bras�lia na quarta-feira. Depois do encontro, foi dito que os partidos caminhar�o juntos em busca de alternativas para o pa�s. Tentar encontrar solu��es para a crise e para voltar a colocar o pa�s no rumo tem sido o discurso de Michel Temer durante as viagens que fez pelo pa�s em campanha para continuar no comando da legenda. Apesar de ser candidato �nico, o vice de Dilma promoveu v�rios encontros recheados de cr�ticas � petista nos estados.

Nessa quinta-feira (10), Renan Calheiros recomendou responsabilidade �s lideran�as do partido na conven��o, afirmando que uma eventual posi��o do partido pode agravar ainda mais a crise. Segundo ele, o PMDB � o pilar da governabilidade. J� o presidente da C�mara, Eduardo Cunha, defendeu que o partido tome uma decis�o amanh�. Para ele, se n�o for poss�vel romper com Dilma, o partido deve aprovar pelo menos uma postura de independ�ncia.


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