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Estado de Minas

�s v�speras de protesto, Dilma nega qualquer possibilidade de ren�ncia

Presidente afirma n�o ter 'cara de quem vai renunciar', dispara contra a oposi��o e abre as portas do seu minist�rio para Lula. Oposi��o afirma que falta de 'senso p�blico'


postado em 12/03/2016 06:00 / atualizado em 12/03/2016 07:40

Naira Andrade

Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff rompeu o isolamento dos �ltimos dias e convocou a imprensa para defender o governo e aliados, �s v�speras da manifesta��o pelo impeachment, marcada para amanh�. Ela foi enf�tica ao garantir que n�o vai renunciar.  A petista respondeu �s insinua��es de que estaria resignada com a crise e ao poss�vel convite para o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva assumir um cargo no Pal�cio do Planalto. “Voc�s acham que tenho cara de estar resignada? Que eu tenho g�nio de estar resignada?”, indagou. A oposi��o, por sua vez, rebateu as declara��es e disse que falta “senso p�blico” � presidente para reconhecer a situa��o atual do Brasil.

A fala de Dilma teve como objetivo tirar a impress�o de imobilidade da presidente, frente ao agravamento das crises pol�tica e econ�mica. A decis�o de se pronunciar veio depois de uma reuni�o emergencial convocada logo no in�cio da manh� de ontem com os principais ministros da coordena��o pol�tica. Segundo interlocutores do Pal�cio do Planalto, j� havia um desejo que a presidente fizesse alguma declara��o ap�s o imbr�glio criado com a nomea��o do procurador de Justi�a da Bahia Wellington C�sar Lima e Silva para o Minist�rio da Justi�a. “� imposs�vel, quem me conhece, achar que, pela minha trajet�ria pessoal, pela minha honradez e pelo respeito que eu tenho pelo povo brasileiro, eu me renuncie… eu me resigno diante de absoluto desrespeito a lei e � Constitui��o”, criticou. “Fui presa, torturada pelas minhas convic��es. E devo ao povo brasileiro o respeito pelos votos que me deram. N�o estou resignada diante de nada”, afirmou.

Dilma negou qualquer possibilidade de ren�ncia. “Nenhum l�der da oposi��o, ningu�m tem o direito de pedir a ren�ncia de um presidente legitimamente eleito pelo povo sem dar elementos comprobat�rios de que eu tenha de alguma forma ferido qualquer inciso da Constitui��o. (...) A ren�ncia � um ato volunt�rio. Aqueles que querem a ren�ncia est�o, ao prop�-la, reconhecendo que n�o h� uma base real para pedir a minha sa�da desse cargo”, rebateu a presidente.  Foi uma resposta ao senador A�cio Neves, presidente do PSDB, que subiu � tribuna do Senado na quinta-feira, para pedir a ren�ncia dela

Reunidos no Alvorada, os ministros da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini; da Casa Civil, Jaques Wagner; da Advocacia Geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo; e o assessor especial da presidente, Giles Azevedo, conversaram por mais de uma hora com a presidente analisando as possibilidades de entregar um minist�rio a Lula. Em rela��o ao foro privilegiado, uma parte entendeu que ele ajudaria Lula, por retirar o processo das m�os do juiz S�rgio Moro. H� no entanto, quem acredita que convencer os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), depois da manobra, seria ainda mais complicado do que o magistrado paranaense.

Mesmo sob investiga��o, Dilma afirmou receber com “orgulho” o antecessor. “Eu teria o maior orgulho de ter o presidente Lula no meu governo, porque � uma pessoa com experi�ncia, com grande capacidade de formula��o de pol�ticas, e a� eu estou dizendo da capacidade gerencial dele.” A presidente ofereceu ao antecessor a Casa Civil ou a Secretaria de Governo.

A presidente criticou o pedido de pris�o do antecessor. “Passou de todos os limites. N�o existe, e acho que isso � quase consenso entre os juristas, n�o existe base nenhuma para esse pedido. � um ato que ultrapassa o bom senso, � um ato de injusti�a e � um absurdo que um pa�s como o nosso assista calmamente um ato desses contra uma lideran�a pol�tica respons�vel por grandes transforma��es no pa�s, respeitado internacionalmente”, afirmou. Sobre as manifesta��es de amanh�, ela disse que o direito ao protesto � um patrim�nio da democracia e fez um apelo pela toler�ncia aos manifestantes.

REA��O A oposi��o reagiu com intensidade aos ataques de Dilma. O deputado federal Nelson Machezan (PSDB-RS), disse que a fala mostra “falta de senso p�blico” da petista. “A ren�ncia seria uma alternativa. Se a presidente tivesse um pouquinho mais de senso p�blico, provavelmente j� teria entendido que o Brasil inteiro est� exigindo que o pa�s mude de rumo e que mude de dono. Hoje, o Brasil � uma propriedade privada de algumas pessoas que integram alguns partidos. N�s queremos devolv�-lo aos brasileiros”, avaliou.

 

“Uma das vit�rias da democracia brasileira � o direito de livre manifesta��o. N�o cabe, de jeito nenhum, a gente perder esse patrim�nio da toler�ncia, caracter�stica do nosso pa�s”
Sobre as manifesta��es de amanh� contra o governo

 

“Por interesses pol�ticos de quem quer que seja, por defini��es de quem quer que seja, n�o sairei deste cargo sem que haja motivo para tal”
Sobre a possibilidade de ren�ncia

 

“Eu teria o maior orgulho de ter Lula no meu governo, porque ele � uma pessoa com experi�ncia, grande capacidade de formula��o de pol�ticas”
Sobre Lula no governo

 

“Meu querido (ministro), voc� decida o seu destino de acordo com suas convic��es e com aquilo que lhe � interessante”
Sobre a perman�ncia de Wellington C�sar no Minist�rio da Justi�a

 

 


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