O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse na tarde desta segunda, 14, que qualquer que seja a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento dos embargos de declara��o do rito do impeachment, no dia seguinte, quinta-feira, 17, haver� elei��o para comiss�o processante na Casa. "Vamos tocar com celeridade porque temos a obriga��o de faz�-lo, at� para que n�o se diga que est� obstruindo um processo desse. Esse processo tem que andar, tem que encerrar", defendeu.
Contando o prazo de 10 sess�es para a apresenta��o da defesa do governo e cinco sess�es para o andamento dos trabalhos da comiss�o, o peemedebista voltou a dizer que � plaus�vel o prazo de 45 dias para o tr�mite do processo de impeachment. "Da minha parte, a disposi��o � de tocar com a celeridade que tem que ser tocada depois que o Supremo decidir", completou.
Cunha explicou que ainda n�o decidiu se far� sess�es �s segundas e sextas-feiras para apressar os trabalhos. No entanto, na pr�xima segunda-feira, 21, haver� sess�o em virtude da semana santa, que � mais curta para os parlamentares. "A partir da�, vamos avaliar", declarou. O presidente da C�mara desconversou sobre a possibilidade de se tornar o "vice-presidente da Rep�blica" em caso de afastamento de Dilma. "Continuarei presidente da C�mara, n�o estou preocupado com isso", disse.
Manifesta��es
Sobre as manifesta��es desse domingo, 13, Cunha preferiu n�o se aprofundar nos coment�rios, disse apenas que os protestos tiveram car�ter democr�tico "bastante substancial e relevante" e que o resultado das ruas pode acelerar o posicionamento de v�rios deputados sobre o impeachment.
Questionando sobre cartazes que pediam sua sa�da da presid�ncia da Casa, o peemedebista afirmou que n�o viu. "N�o vi fora Cunha n�o. Pode at� ter tido, � normal. Pode ter tudo, mas isso n�o quer dizer que era o objetivo. O objetivo ali era muito claro para todos: foi um protesto contra o governo. S� n�o viu quem n�o quis", rebateu.
Em rela��o � pauta da semana na Casa, ele lembrou que, se n�o houver acordo nesta segunda, 14, com os governadores sobre o indexador da d�vida de Estados e munic�pios, o projeto ir� ao plen�rio nestas ter�a, 15. Na quarta-feira, 16, n�o deve haver sess�o � tarde para que os parlamentares acompanhem a sess�o do STF.
Cunha voltou a defender o afastamento do PMDB do governo e disse estar seguro de que o "aviso pr�vio" de 30 dias para o rompimento � majorit�rio no partido.
Parlamentarismo
O peemedebista se disse favor�vel ao parlamentarismo como sistema de governo, mas defendeu que a discuss�o se d� no futuro, para n�o passar a ideia de golpe no atual mandato.
"Para resolver essa crise, eu acho que vai relembrar o passado quando tentaram fazer isso e que n�o deu certo. Vai parecer que � golpe, uma prerrogativa para a gente colocar um outro sistema de governo no meio do jogo, ent�o eu preferiria a discuss�o disso para o futuro", afirmou.