
Paes tamb�m tem se desgastado na defesa do pr�-candidato peemedebista na elei��o deste ano, pois o escolhido, o secret�rio de governo Pedro Paulo Carvalho, � acusado de ter agredido sua ex-mulher duas vezes, o que tem gerado manifesta��es de revolta de muitas mulheres.
Os planos de Paes inclu�am fechar seus oito anos como prefeito da cidade em tom vitorioso, com a realiza��o da Olimp�ada e a inaugura��o de interven��es urbanas feitas para o evento, como o Ve�culo Leve sobre Trilhos (VLT), que ter� a primeira linha entregue ainda no primeiro semestre, e o Museu do Amanh�, aberto ao p�blico em dezembro passado.
Diferentemente de outros munic�pios, sua gest�o passou praticamente ilesa da crise em 2015, e a Prefeitura ainda assumiu a gest�o de dois hospitais estaduais. O prefeito, por�m, tem se desgastado no enfrentamento das pol�micas.
A controv�rsia mais recente envolve a conversa com Lula, gravada pela Pol�cia Federal no �mbito da Lava-Jato. Em um s� di�logo, Paes ironiza os pobres; munic�pios pequenos do Estado, como Maric� e Araruama; o governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o (PMDB); e a presidente Dilma Rousseff.
Ele foi obrigado a pedir desculpas publicamente. Paes ainda precisou justificar declara��es que foram gravadas. Entre elas, est�o a afirma��o de que � um "soldado" do ex-presidente e de que os investigadores da Lava-Jato precisam de limite.
Na ter�a-feira, 15, Paes precisou responder sobre a men��o ao seu nome, por Delc�dio Amaral, no termo de colabora��o com o Judici�rio, homologado pelo Supremo Tribunal Federal, no �mbito da Lava-Jato.
O prefeito foi apontado como "emiss�rio" tucano para postergar o prazo de entrega do sigilo fiscal do Banco Rural, na CPI dos Correios, que foi presidida por Delc�dio entre 2005 e 2006. A manobra, segundo Delc�dio, serviria para que os dados banc�rios passassem por "maquiagem", pois poderiam afetar A�cio e aliados. Na �poca, Paes era deputado federal do PSDB.
"Em nenhum momento o A�cio pediu qualquer coisa, na forma como aponta a dela��o", alegou Paes, em entrevista coletiva na quinta-feira, 17.
Apoio
Para o presidente do PMDB fluminense, Jorge Picciani, a dela��o de Delc�dio foi positiva para o prefeito do Rio. "Ficaram muito n�tidos os personagens dessa hist�ria. Se eu ainda sei ler, ficou claro que Delc�dio quis se amparar em pessoas de credibilidade para dar veracidade �s afirma��es que fez", disse.
Picciani classificou a gest�o de Paes na Prefeitura como "extraordin�ria". E defendeu o nome de Pedro Paulo Carvalho como candidato do partido � prefeitura em 2016. "O PMDB escolheu por unanimidade a candidatura do Pedro Paulo por consider�-lo o mais preparado para dar continuidade ao governo. Essa outra quest�o est� nas m�os do Supremo Tribunal Federal, que tem a confian�a do povo brasileiro", afirmou.
Mesmo com as rela��es estremecidas entre PT e PMDB, o vice-prefeito e secret�rio de Desenvolvimento Social do Rio, o petista Adilson Pires, declarou que a situa��o pol�tica nacional ainda n�o se reflete no quadro local. Ele afirmou que o PT do Rio mant�m boas rela��es com Eduardo Paes e continua apoiando a candidatura de Pedro Paulo.
No in�cio de fevereiro, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pediu ao STF a abertura de inqu�rito contra Pedro Paulo por les�o corporal. A decis�o caber� ao ministro Luiz Fux, que � do Rio de Janeiro e foi nomeado em 2011 pela presidente Dilma Rousseff, com apoio do ent�o governador S�rgio Cabral (PMDB).
Independentemente do resultado, os peemedebistas enfrentam o desgaste com o epis�dio. No Facebook, dois grupos foram criados para atacar o pr�-candidato: Pedro Paulo Nunca e Pedro Paulo N�o. No carnaval, foli�s usaram fantasias como "v�timas de Pedro Paulo" e "boletim de ocorr�ncia".
No domingo da semana passada, Paes teria perdido o controle com uma m�dica do Hospital Municipal Louren�o Jorge, na Barra da Tijuca. Pacientes e funcion�rios relataram que o prefeito foi agressivo com a profissional e a amea�ado de demiss�o, quando buscava atendimento para o filho Bernardo, de 11 anos.
No livro de ocorr�ncias da unidade de sa�de consta que Paes gritou "de forma r�spida", disse que a m�dica n�o sabia "fazer o atendimento" e que "n�o estava falando como cidad�o, e sim como prefeito, seu patr�o". Paes alegou ter apenas cobrado que a profissional fosse mais atenciosa.