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Estado de Minas

Lula j� atua como articulador sem cargo oficial

A prioridade do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva � segurar o PMDB na base do governo


postado em 22/03/2016 08:31 / atualizado em 22/03/2016 08:46

Bras�lia - Mesmo sem saber se conseguir� virar ministro da Casa Civil, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva j� atua nos bastidores como articulador pol�tico do governo. A prioridade de Lula � segurar o PMDB na equipe, mas h� tamb�m uma estrat�gia para impedir a debandada de partidos menores, pois o Pal�cio do Planalto foi informado de que existem aliados dispostos a trair a presidente Dilma Rousseff na Comiss�o Especial do impeachment, instalada na C�mara.

Em jantar realizado nesta segunda-feira, 21, no Pal�cio da Alvorada, Dilma e Lula conversaram sobre o PMDB e acertaram uma ofensiva para convencer os parlamentares indecisos, uma vez que, pela contabilidade oficial, o governo tem hoje 33 dos 65 votos da comiss�o, um placar muito apertado. Distribui��o de cargos de segundo e terceiro escal�es, al�m de emendas parlamentares, est� no card�pio das alternativas para enfrentar a crise.

Lula tamb�m vai se encontrar hoje com o vice-presidente Michel Temer, que comanda o PMDB. O ex-presidente acha que Dilma errou ao deixar Temer isolado e tenta uma aproxima��o para que ele ganhe protagonismo no governo, mas boa parte do PMDB define a iniciativa como "tardia".

No quarto andar do Planalto, o gabinete da Casa Civil - at� a semana passada ocupado por Jaques Wagner - foi todo esvaziado ontem para receber Lula, embora ningu�m saiba se ele efetivamente ocupar� a pasta.

Tribunal


Alvo da Opera��o Lava Jato, o ex-presidente teve sua nomea��o suspensa na sexta-feira pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. O governo recorreu da decis�o, mas o desfecho da batalha jur�dica � imprevis�vel. At� a noite de ontem, Lula n�o havia desistido de assumir a Casa Civil, embora dissesse que n�o precisava do cargo para ajudar a presidente.

Com Wagner j� transferido para a chefia de gabinete de Dilma, no terceiro andar, o comando da Casa Civil est� com a secret�ria executiva Eva Chiavon.

Sob intensa press�o pol�tica, Dilma repete para interlocutores que n�o renunciar� sob nenhuma hip�tese. Na guerra contra o impeachment, o governo decidiu partir para o "tudo ou nada" e o clima no Planalto � o de lutar "at� o �ltimo minuto".

Antecipada para o pr�ximo dia 29, a reuni�o do Diret�rio Nacional do PMDB � considerada decisiva para o futuro do governo. � por isso que Lula, mesmo combalido, corre contra o tempo para impedir a sa�da do principal aliado, que hoje comanda sete minist�rios. O diagn�stico do Planalto � que, se o PMDB cumprir a promessa de div�rcio, a derrocada do governo ser� iminente.

O PRB j� deixou a alian�a e o PSB, antes independente, passou para a oposi��o. Agora, setores do PSD, partido que dirige o Minist�rio das Cidades, e do PP, hoje no controle de Integra��o Nacional, pressionam as c�pulas das legendas pelo rompimento com o governo.

"Voc� acha que o Lula tem condi��es de construir algum pacto de governabilidade depois daquelas grava��es da Pol�cia Federal que vieram a p�blico?", perguntou um dirigente do PMDB pr�ximo de Temer. "Ele n�o tem como ajudar a Dilma nem oferecendo cargos nem emendas. N�s n�o queremos isso."

Estrat�gia


Sob a orienta��o de Lula, a presidente vai se reunir com todas as bancadas na C�mara e tamb�m conversar� com deputados e senadores da oposi��o. Recentemente, Dilma procurou o ex-senador Jos� Sarney (PMDB-AP), acompanhada do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. Ela pediu a Sarney que a ajudasse a retomar a rela��o com o PMDB.

Al�m de tentar barrar o impeachment, o "Plano Lula", como foi batizado no Planalto, tamb�m tem um protocolo econ�mico. A dirigentes do PT o ex-presidente disse que, para salvar o mandato de Dilma, ser� preciso afrouxar o ajuste fiscal e "p�r dinheiro na m�o do pobre".


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