Bras�lia - O ministro-chefe da Advocacia-Geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, disse que o governo vai questionar a a��o do juiz S�rgio Moro, a quem acusa de ter usurpado a compet�ncia do Supremo Tribunal Federal (STF), ao divulgar os �udios da presidente Dilma Rousseff em conversa com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que � investigado na Opera��o Lava-Jato.
Segundo o advogado-geral da Uni�o, "n�o � poss�vel que conversas telef�nicas que poderiam envolver eventuais situa��es a serem divulgadas n�o sejam encaminhadas ao STF". O ministro informou ainda que o governo entrou com uma reclama��o junto ao ministro Teori Zavascki por entender que houve, por parte da Justi�a Federal do Paran�, "uma usurpa��o de compet�ncia do Supremo".
"Entendemos isso porque sempre que voc� tem uma situa��o de intercepta��es telef�nicas onde existem pessoas com foro privilegiado sendo interceptadas, a nosso ver, se o magistrado se depara com isso ele tem que imediatamente, sob sigilo, encaminhar a aprecia��o do Supremo Tribunal Federal esta mat�ria. Ele n�o pode junt�-las no inqu�rito policial, muito menos dar publicidade a elas, at� para que sejam investigadas pelo foro competente, se � que � caso de investiga��o", explicou.
Questionado se o governo poderia entrar com uma a��o diretamente contra o juiz Moro, Cardozo afirmou que "a posteriori, vamos avaliar para que a AGU possa tomar sua posi��o". O ministro destacou ter conhecimento de que alguns parlamentares e partidos pol�ticos pretendem processar o juiz que comanda a Lava-Jato, mas "esse � um problema que n�o diz respeito a n�s".
"Pela AGU, n�s entraremos com essa Adin para que fique claro, indiscutivelmente as prerrogativas que foram, em principio, a nosso ver, violadas neste caso." Sobre a possibilidade de alguma a��o contra o presidente da C�mara, Eduardo Cunha, quanto � legalidade de ele conduzir o processo de impeachment, o advogado-geral da Uni�o afirmou que "na medida e se forem cometidas ilegalidades, seguramente, n�s iremos � Justi�a, pedir revis�o".
"Estamos acompanhando o processo de impeachment, para que, uma vez desencadeado, ele tenha a sua tramita��o dentro daquilo que a lei prescreve. Se houver alguma transgress�o � lei, ou a determinadas a��es por �bvio a Justi�a ser� procurada."