Bras�lia, 23 - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ir� protocolar na segunda-feira, 28, na C�mara dos Deputados, um novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em que inclui as acusa��es feitas contra a petista pelo senador Delc�dio Amaral (sem partido-MS) em dela��o premiada no �mbito da Opera��o Lava Jato.
A dela��o do ex-l�der do Senado foi considerada como fundamental para o apoio da Ordem � cassa��o do mandato de Dilma. Segundo Delc�dio, a presidente teria tentado interferir nas investiga��es da Opera��o Lava-Jato em ao menos tr�s vezes. O pedido da entidade tamb�m trar� as den�ncias sobre as pedaladas fiscais e a ren�ncia fiscal autorizada para a realiza��o da Copa do Mundo de 2014.
As declara��es do ex-l�der do governo no Senado haviam sido anexadas pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao processo que j� tramita na Casa contra a presidente. No entanto, a comiss�o do impeachment decidiu retir�-las do processo por considerar que a inclus�o da dela��o deveria ter sido feita por Miguel Reale J�nior, H�lio Bicudo e Jana�na Paschoal, autores do pedido.
No pedido dos tr�s juristas, que foi aceito por Cunha no ano passado, foram citadas apenas as den�ncias referentes �s pedaladas fiscais de 2014 e a assinatura de decretos de abertura de cr�dito sem autoriza��o do Congresso. A oposi��o na C�mara havia manifestado interesse em incluir no processo as den�ncias de Delc�dio. Mas, para evitar que o assunto fosse judicializado, a bancada optou por abrir m�o do depoimento do senador e estuda inclu�-lo em um novo pedido a ser apresentado a Cunha.
As escutas telef�nicas envolvendo Dilma e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que revelam suposta manobra da presidente para interferir no Judici�rio, foram deixadas de lado pela OAB. A entidade reconheceu haver d�vidas sobre a legalidade da quebra de sigilo das conversas. Na ter�a-feira, 22, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu sigilo �s grava��es e determinou o envio de todo o material � Suprema Corte.