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Estado de Minas

Temer j� tem 80% dos votos para abandonar governo


postado em 28/03/2016 06:00 / atualizado em 28/03/2016 07:06

Bras�lia – Depois de v�rios dias de reclus�o em S�o Paulo, o vice-presidente Michel Temer desembarca em Bras�lia nesta ter�a-feira (29) para tentar unificar o PMDB em torno da decis�o majorit�ria de deixar o governo. Nas contas de integrantes da c�pula do partido, j� est�o garantidos 80% dos votos do diret�rio nacional. O governo ainda tenta arregimentar apoio do principal partido aliado, mas admite que a derrota � inevit�vel. O objetivo de Temer � fazer com que o PMDB saia da reuni�o unido para um projeto de poder pr�prio.

O principal eixo das conversas do vice ser� o acerto da situa��o de quem tem cargo no governo e n�o quer abandon�-lo. Na Esplanada, h� sete ministros peemedebistas. Temer tenta sair do encontro como um conciliador entre as tend�ncias do PMDB. Para articular o consenso, ele desistiu da viagem que faria a Portugal e estar� em Bras�lia na v�spera do encontro.

Curiosamente, Temer ocupar � a cadeira da presidente Dilma a partir do dia 31, mesmo que o PMDB decida abandonar o governo � pr�pria sorte. Isso porque a petista participar�, quinta e sexta-feira, da 4ª C�pula sobre Seguran�a Nuclear, em Washington (EUA). Mais um desconforto para Dilma, j� que Temer j� tem nomes para  uma dezena de minist�rios.

Entre os sete ministros do PMDB, tr�s, na avalia��o da c�pula do partido, devem rejeitar o desembarque: Eduardo Braga (Minas e Energia), K�tia Abreu (Agricultura) e Marcelo Castro (Sa�de). S�o os minist�rios de maior porte, e os nomes s�o vistos como escolha da presidente. Henrique Alves (Turismo) e Helder Barbalho (Portos) devem deixar seus postos. Ambos s�o considerados ministros da cota de Temer. Mauro Lopes (Avia��o Civil) tende a seguir a maioria da bancada de Minas, que � favor�vel � sa�da do governo. Celso Pansera (Ci�ncia e Tecnologia) deve se licenciar da legenda para se manter no cargo. Os ministros ter�o prazo at� 12 de abril (30 dias ap�s a conven��o do PMDB) para decidir.

“O ideal � que permitam uma licen�a para os ministros que desejam permanecer ao menos at� o dia 12 para vermos como o governo vai reagir. Mas j� sabemos que o grande problema do governo tem sido a capacidade de rea��o. � dif�cil ver uma sa�da a partir de agora com a decis�o do PMDB, que deve ter efeito domin�. O simb�lico j� est� decidido e parece um processo que n�o ter� volta”, disse um ministro do PMDB que � contra o rompimento. Est� marcada para esta segunda-feira uma reuni�o entre os senadores e os ministros da resist�ncia para tentar uma posi��o conjunta sobre como lidar com a decis�o do comando do partido.

“� tarde demais para negociar qualquer coisa com o governo. Vai ser o voto de cada um, que est� sendo muito cobrado pelos eleitores”, afirma o deputado Leonardo Quint�o (PMDB-MG), que se diz favor�vel ao desembarque. Nos c�lculos do partido, apenas dois diret�rios estariam firmes a favor do governo: Alagoas (cinco votos) e Amazonas (dois). No Sul, os votos favor�veis ao desembarque s�o  un�nimes, assim como em S�o Paulo, Mato Grosso do Sul, Acre e Roraima, o que, com Rio e Minas, alcan�aria 80% dos 155 votos.  O PMDB tem 69 deputados, e, apesar de o governo ter vencido a elei��o para l�der ao apoiar Leonardo Picciani (RJ), a avalia��o � que o cen�rio � de maioria anti-Dilma.

SEM APOIO Os ministros de Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e Transportes, Antonio Carlos Rodrigues (PR), j� avisaram que n�o t�m como garantir o apoio de suas bancadas ao governo. Ambas est�o rachadas e o n�mero contra o governo aumenta a cada dia. O PSD tem 32 deputados, e o PR, 40. “A cada dia fica mais dif�cil garantir votos a favor da presidente. O clima est� muito ruim, e a tend�ncia � que piore. A bancada est� dividida e vai prevalecer o sentimento das ruas. Nenhum deputado  votar� s� de acordo com sua consci�ncia, tem muita press�o popular”, diz um membro da c�pula do PR.


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