
O clima conflituoso entre integrantes da Pol�cia Federal e do Minist�rio da Justi�a se intensificou com a posse do novo ministro Eug�nio Arag�o, mas � anterior a isso. Em muito se deve a uma demanda de parte do PT, que acredita ser dever do titular da pasta intervir na PF para acabar com os vazamentos da Opera��o Lava-Jato e tentar frear as investidas contra integrantes do partido. Foi essa tens�o, e a press�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que levaram o ex-ministro Jos� Eduardo Cardozo a abrir m�o do posto e ser deslocado para a Advocacia-Geral da Uni�o.
SUBSTITUI��O O subprocurador-geral da Rep�blica Eug�nio Arag�o, assumiu por ter ingressado no MP em 1987, antes da promulga��o da Constitui��o. Isso o livrou da regra ditada pelo STF. O novo escolhido para a miss�o mal assumiu a vaga e j� criou rusgas com a PF com a amea�a de troca de agentes em casos de vazamentos de informa��es. A fala foi classificada pela Associa��o Nacional dos Delegados de Pol�cia Federal (ADPF) como uma amea�a � institui��o. A entidade avalia que o ministro exp�s a fragilidade da PF e uma suposta pressa em acabar com o que eles consideram a maior investiga��o de combate ao crime organizado no pa�s.
A pol�mica levou a ministra do Superior Tribunal de Justi�a Assusete Magalh�es a mandar notificar Arag�o para que ele explique a declara��o de que poder� substituir as equipes por causa de vazamentos. Arag�o disse ainda que, ao contr�rio do Minist�rio P�blico, a PF n�o tem autonomia funcional. Segundo ele, o �rg�o est� sob sua supervis�o e ele pode trocar a equipe se bem entender, sem precisar de provas de que houve vazamentos. O presidente da ADPF Carlos Sobral disse que os delegados n�o aceitar�o qualquer tipo de interfer�ncia ou inger�ncia nas investiga��es. A associa��o estuda medidas judiciais preventivas, como mandados de seguran�a, para evitar qualquer tipo de afastamento sem prova que o ministro possa promover.