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Estado de Minas

'Aprendi o valor da democracia dentro de um pres�dio', diz Dilma

A presidente Dilma iniciou o discurso em cerim�nia com intelectuais e artistas contr�rios ao impeachment lembrando que muitos n�o votaram nela, mas que o importante � participar do processo democr�tico; ela lembrou que h� 52 anos, come�ava o per�odo militar no Pa�s


postado em 31/03/2016 14:07 / atualizado em 31/03/2016 16:22

A presidente Dilma recebeu apoio de artistas e intelectuais(foto: Agência Brasil)
A presidente Dilma recebeu apoio de artistas e intelectuais (foto: Ag�ncia Brasil)

Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff iniciou o discurso em cerim�nia com intelectuais e artistas contr�rios ao impeachment no Pal�cio do Planalto lembrando que muitos ali n�o votaram nela nas elei��es, tinham distintas filia��es partid�rias ou nem sequer eram filiados a partidos pol�ticos, e emendou: "O que importa � que todos votaram nas elei��es e participaram do processo democr�tico". Ela lembrou que h� 52 anos, nesse mesmo dia 31 de mar�o, come�ava o per�odo militar no Pa�s, o qual, segundo ela, deu in�cio a uma fase da hist�ria marcada pelo arb�trio e desrespeito aos direitos humanos e individuais.

"Eu vivi esse momento junto e acredito que nesse processo aprendemos o valor da democracia. Aprendi o valor da democracia dentro da pior forma poss�vel, dentro de um pres�dio", afirmou. Dilma lembrou que sofreu tortura, pr�tica que tenta fazer com que a pessoa traia aquilo que acredita, "quebrando a integridade humana daquelas encarceradas".

Para a presidente, a democracia buscada � a capaz de resolver quest�es da estabilidade da economia e no combate �s desigualdade sociais. "Rompemos com a l�gica de que o bolo deveria crescer para depois ser distribu�do." Dilma voltou a citar os momentos c�clicos em que a economia cresce e desacelera e avaliou que isso faz parte do processo econ�mico.

A presidente voltou a criticar a s�rie de medidas adotadas pelos seus advers�rios pol�ticos ap�s a reelei��o dela, em 2014, iniciada pelo pedido de recontagem de votos, culminando com o pedido de impedimento. "Ganhei elei��es por margem de votos que garantem, numa democracia, que as pessoas governem e acredito que seja o �nico governante que teve v�rias vezes as contas vistas e revistas", afirmou ela.

Dilma citou as chamadas pautas-bombas votadas no C�mara dos Deputados e lembrou que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), s� aceitou o pedido de impeachment ap�s o governo ser contr�rio a um acordo no processo contra ele no Conselho de �tica do Legislativo. "� imposs�vel numa democracia a oposi��o lutar pelo quanto pior, melhor. O pedido de impeachment ocorreu porque o governo n�o quis fazer parte de uma farsa na comiss�o de �tica", avaliou.

Para ela, no presidencialismo est� claro que o impeachment � previsto apenas em crimes de responsabilidade e a Constitui��o n�o o autoriza "porque algu�m quer ou porque interessa a segmentos da oposi��o". Dilma avaliou tamb�m que todos os governos anteriores aos dela praticaram as pedaladas fiscais, que motivaram o pedido. "Todos os governos anteriores praticaram atos iguais aos meus e sempre foram respaldados legalmente."

"Golpe"

Dilma voltou a classificar, por v�rias vezes, a tentativa de impeachment contra ela como um "golpe". No discurso aos intelectuais e artistas contr�rios ao impeachment, ela afirmou que para cada momento hist�rico o "golpe assume uma cara", avaliou que no passado recente, na Am�rica Latina, "a forma tradicional de golpe era interven��o militar" e que o golpe est� "oculto" em peda�os da democracia. "Se antes chamavam revolu��o de golpe, hoje est�o tentando dar um colorido legal a um golpe."

Dilma ironizou os que defendem a ren�ncia dela por, entre outros motivos, ser mulher. "Pedem minha ren�ncia porque acham que as mulheres s�o fr�geis. N�s, de fato, somos sens�veis, mas a mulher brasileira n�o � nada fr�gil."

Antes de encerrar o discurso, a presidente voltou a citar a intoler�ncia no Pa�s e pediu a uni�o. "Este pa�s nunca teve esse lado fascista, essa intoler�ncia n�o � poss�vel. O Brasil n�o pode ser cindido em duas partes e n�s temos que lutar para superar esse momento e criar um clima de uni�o", disse. "N�o se une o Pa�s destilando �dio, raiva e persegui��o", concluiu.


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