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Estado de Minas

Dilma faz alus�o ao nazismo em encontro com artistas e intelectuais


postado em 01/04/2016 06:00 / atualizado em 01/04/2016 07:44

Presidente disse ter aprendido valor da democracia em
Presidente disse ter aprendido valor da democracia em "um pres�dio" (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Bras�lia – A presidente Dilma Rousseff subiu o tom no discurso para artistas e intelectuais em cerim�nia contra o impeachment no Pal�cio do Planalto, nessa quinta-feira (31), e comparou o clima de intoler�ncia vivido no Brasil atualmente ao nazismo. Ela criticou a m�dica ga�cha que deixou de ser a pediatra de uma crian�a porque sua m�e � petista e afirmou que as pessoas n�o devem ser marcadas pelo que pensam. Dilma argumentou que os brasileiros nunca tiveram “esse lado fascista”. “Outro dia, uma pessoa me disse que isso parece muito com o nazismo. Primeiro voc� bota uma estrela no peito e diz: � judeu. Depois voc� bota no campo de concentra��o. Essa intoler�ncia n�o pode ocorrer”, disse Dilma, sob aplausos.

Dilma iniciou o discurso lembrando que muitos ali n�o votaram nela nas elei��es, tinham distintas filia��es partid�rias ou nem sequer eram filiados a partidos pol�ticos, e emendou: “O que importa � que todos votaram nas elei��es e participaram do processo democr�tico”. Ela lembrou que h� 52 anos, nesse mesmo dia 31 de mar�o, come�ava o per�odo militar no pa�s, o qual, segundo ela, deu in�cio a uma fase da hist�ria marcada pelo arb�trio e desrespeito aos direitos humanos e individuais. “Eu vivi esse momento junto e acredito que nesse processo aprendemos o valor da democracia. Aprendi o valor da democracia dentro da pior forma poss�vel, dentro de um pres�dio”, afirmou.

Dilma lembrou que sofreu tortura, pr�tica que tenta fazer com que a pessoa traia aquilo que acredita, “quebrando a integridade humana daquelas encarceradas”. A presidente apelou para o feminismo, ao afirmar que as mulheres n�o s�o fr�geis, e que ela, especialmente, n�o � fr�gil e que � uma honra ter nascido mulher. A argumenta��o foi feita, ao dizer que h� dois motivos que alimentam os que querem o “golpe”: primeiro a consci�ncia de que o processo de impeachment carece de consist�ncia e, por isso, surgem pedidos para que ela renuncie e, em segundo lugar, pelo fato de ela ser mulher. “Acham que as mulheres s�o fr�geis. N�s de fatos somos sens�veis, mas n�o somos fr�geis”, disse Dilma.

Em discurso representado artistas e intelectuais, a atriz Let�cia Sabatella iniciou o discurso afirmando “eu vim aqui hoje clamar por democracia”, para em seguida se posicionar em rela��o ao governo Dilma. “Eu sou oposi��o ao seu governo, presidenta Dilma, mas eu tenho um contentamento de poder dizer isso na sua frente”, disse a atriz ao reconhecer que o pa�s vive num estado democr�tico, com respeito �s liberdades.

Dilma recebeu das m�os da cineasta Anna Muylaert, diretora de filmes como “Que horas ela volta” e “Durval Discos”, um manifesto do setor de cinema e audiovisual contr�rio ao processo de impeachment como ela. Nesse segundo ato em uma semana pela “defesa da democracia e da legalidade”, o governo pretende consolidar a bandeira de que o impeachment � golpe e angariar mais seguidores em torno dessa linha.


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