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Estado de Minas

PF deflagra em S�o Paulo a 27� fase da Opera��o Lava-Jato

A for�a-tarefa da Lava-Jato informou que essa nova fase da opera��o investiga o esquema de lavagem de capitais de cerca de R$ 6 milh�es 'provenientes do crime de gest�o fraudulenta do Banco Schahin, cujo preju�zo foi posteriormente suportado pela Petrobras'


postado em 01/04/2016 07:59 / atualizado em 01/04/2016 09:29

(foto: Divulgação)
(foto: Divulga��o)
A Pol�cia Federal deflagrou na manh� desta sexta-feira, em S�o Paulo, a 27ª Opera��o Lava-Jato com o cumprimento de 12 mandados judiciais. Do total de mandados expedidos, dois s�o de pris�o tempor�ria, oito de busca e apreens�o, al�m de dois de condu��o coercitiva, quando a pessoa � obrigada a prestar depoimento.

Foram expedidos mandados de pris�o contra o empres�rio Ronan Maria Pinto e o ex-secret�rio do PT, Silvio Pereira, al�m de mandados de busca e apreens�o nas empresas DNP Eventos, Expresso Santo Andr� no Di�rio do Grande ABC. O ex-tesoureiro do PT Del�bio Soares � alvo de condu��o coercitiva - quando uma pessoa � levada a depor mesmo contra a vontade. Tamb�m � alvo da mesma medida o jornalista Breno Altman.

A a��o batizada de Carbono 14 ocorre nas cidades de S�o Paulo, Carapicu�ba, Osasco e Santo Andr�. De acordo com os policiais, a a��o ocorre "em refer�ncia a procedimentos utilizados pela ci�ncia para a data��o de itens e a investiga��o de fatos antigos".

Entre os crimes investigados est�o extors�o, falsidade ideol�gica, fraude, corrup��o ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Os presos ser�o levados para a Superintend�ncia da PF, em Curitiba.

O ESQUEMA A for�a-tarefa da Lava-Jato afirmou, em nota, que a Opera��o Carbono 14 investiga o esquema de lavagem de capitais de cerca de R$ 6 milh�es 'provenientes do crime de gest�o fraudulenta do Banco Schahin, cujo preju�zo foi posteriormente suportado pela Petrobras'. Segundo a Procuradoria da Rep�blica, durante as investiga��es da Lava-Jato, constatou-se que o pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, contraiu um empr�stimo fraudulento junto ao Banco Schahin em outubro de 2004 no montante de R$ 12 milh�es.

"O m�tuo, na realidade, tinha por finalidade a "quita��o" de d�vidas do Partido dos Trabalhadores (PT) e foi pago por interm�dio da contrata��o fraudulenta da Schahin como operadora do navio-sonda Vit�ria 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilh�o. Esses fatos j� haviam sido objeto de acusa��o formal, sendo agora foco de uma nova frente investigat�ria", sustenta a for�a-tarefa em nota.

"A partir de dilig�ncias, descobriu-se que, do valor total emprestado de R$ 12 milh�es a Bumlai, pelo menos R$ 6 milh�es tiveram como destino o empres�rio do munic�pio de Santo Andr� (SP), Ronan Maria Pinto. Como ressaltou a decis�o que decretou as medidas cautelares, "a fiar-se no depoimento dos colaboradores e do confesso Jos� Carlos Bumlai, os valores foram pagos a Ronan Maria Pinto por solicita��o do Partido dos Trabalhadores". Para fazer os recursos chegarem ao destinat�rio final, foi arquitetado um esquema de lavagem de capitais, envolvendo Ronan, pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT) e terceiros envolvidos na operacionaliza��o da lavagem do dinheiro proveniente do crime contra o sistema financeiro nacional", aponta a for�a-tarefa da Lava-Jato.

Segundo a Procuradoria, h� evid�ncias que apontam que o PT influiu diretamente junto ao Banco Schahin na libera��o do empr�stimo fraudulento. Para chegar ao destinat�rio final Ronan Maria Pinto, os investigados teriam se utilizado de diversos estratagemas para ocultar a proveni�ncia il�cita dos valores e a identidade do destinat�rio final do dinheiro obtido na institui��o financeira.

"Em suma, h� provas que apontam para o fato de que a operacionaliza��o do esquema se deu, inicialmente, por interm�dio da transfer�ncia dos valores de Bumlai para o Frigor�fico Bertin, que, por sua vez, repassou a quantia de aproximadamente R$ 6 milh�es a um empres�rio do Rio de Janeiro envolvido no esquema".

"H� evid�ncias de que este empres�rio carioca realizou transfer�ncias diretas para a Expresso Nova Santo Andr�, empresa de �nibus controlada por Ronan Maria Pinto, al�m de outras pessoas f�sicas e jur�dicas indicadas pelo empres�rio para recebimento de valores. Dentre as pessoas indicadas para recebimento dos valores por Ronan, estava o ent�o acionista controlador do Jornal Di�rio do Grande ABC, que recebeu R$ 210.000 em 9/11/2004. Na �poca, o controle acion�rio do peri�dico estava sendo vendido a Ronan Maria Pinto em parcelas de R$ 210.000. Suspeita-se que uma parte das a��es foi adquirida com o dinheiro proveniente do Banco Schahin. Uma das estrat�gias usadas para conferir apar�ncia leg�tima �s transfer�ncias esp�rias dos valores foi a realiza��o de um contrato de m�tuo simulado, o qual havia sido apreendido em fase anterior da Opera��o Lava-Jato."

OUTROS ENVOLVIDOS A for�a-tarefa sustenta que outras pessoas possivelmente envolvidas na negocia��o para a concess�o do empr�stimo fraudulento pelo Banco Schahin tamb�m s�o alvo da opera��o realizada hoje. Segundo os investigadores, identificou-se que um dos envolvidos recebeu recursos de pessoas e empresas que mantinham contratos com a Petrobras e que j� foram condenadas no �mbito da Opera��o Lava-Jato.

"Esses pagamentos ocorreram ao menos at� o ano de 2012. As pessoas cuja pris�o foi determinada j� tiveram pr�vio envolvimento com crimes de corrup��o", aponta a Procuradoria.

OPERA��O Cinquenta policiais federais est�o cumprindo 12 ordens judiciais, sendo 8 mandados de busca e apreens�o, 2 de pris�o tempor�ria e 2 de condu��o coercitiva - quando o investigado � levado para depor e liberado. Os presos ser�o levados para Curitiba, sede da Lava-Jato.

O nome da opera��o, Carbono 14, segundo a PF, faz refer�ncia a procedimentos 'utilizados pela ci�ncia para a data��o de itens e a investiga��o de fatos antigos'.


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