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Estado de Minas

Esquemas usados no petrol�o e mensal�o ocorreram ao mesmo tempo, diz Lava-Jato

Procurador da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato afirmou nesta sexta-feira que chamou a aten��o o fato de os mesmos personagens terem usados m�todos semelhantes nos dois esquemas de corrup��o


postado em 01/04/2016 12:15 / atualizado em 01/04/2016 12:51

O esquema de corrup��o investigado pela nova fase da Lava-Jato aconteceu ao mesmo tempo que o mensal�o, segundo integrantes da opera��o. Isso foi revelado na manh� desta sexta-feira em entrevista coletiva da for�a-tarefa ao detalhar a 27ª fase da Opera��o Lava-Jato, deflagrada na manh� de hoje e batizada de opera��o Carbono 14. O que chamou a aten��o dos investigadores foi que h� personagens envolvidos em ambos os casos, mensal�o (propina paga a parlamentares) e petrol�o (desvio de recursos da Perobras por meio de superfaturamento de valores de contratos). O empres�rio Marcos Val�rio e o pecuarista pecuarista Jos� Carlos Bumlai s�o apontados pelos investigadores de usarem os mesmos m�todos nos dois esquemas de corrup��o. Os dois est�o presos e fizeram dela��es premiadas.

"H� realmente, do meu ponto de vista, alguma liga��o. N�o � o mesmo esquema, mas s�o esquemas relacionados. Se voc� observar a �poca dos fatos, esse esquema do mensal�o consistia em empr�stimos fraudulentos junto ao banco rural e ao Banco BMG em troca de favores do governo", afirmou o procurador da Rep�blica, Diogo Castor de Matos. "

A opera��o desta sexta-feira aprofunda investiga��es de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o Banco Schahin, o PT, a Petrobras e empres�rios. Foram presas hoje o ex-secret�rio do PT Silvio Pereira, o Silvinho do PT, envolvido no mensal�o, e o empres�rio paulista Ronan Maria Pinto, dono do jornal "Di�rio do Grande ABC". O ex-tesoureiro do PT Del�bio Soares e o jornalista Breno Altman, diretor editorial do site Opera Mundi, foram conduzidos coercitivamente � sede da Pol�cia Federal em S�o Paulo.

Cinquenta policiais federais cumprem 12 ordens judiciais, sendo 8 mandados de busca e apreens�o, 2 de pris�o tempor�ria e 2 de condu��o coercitiva - quando o investigado � levado para depor e liberado. As medidas est�o sendo cumpridas nos munic�pios de S�o Paulo, Carapicu�ba, Osasco e Santo Andr�. Segundo a Pol�cia Federal, os fatos investigados nesta fase apuram crimes de extors�o, falsidade ideol�gica, fraude, corrup��o ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Favores

De acordo com o procurador da Rep�blica, Diogo Castor de Matos, o elo entre o o mensal�o e o petrol�o est�o sendo investigados, mas h� ind�cios da liga��o entre ambos os esquemas de corrup��o.

"Posteriormente, as institui��es financeiras eram agraciadas com algum favor do governo federal. O Banco Schahin era uma situa��o parecida. Estamos analisando fatos de outubro de 2004, o mensal�o veio � tona em maio de 2005. Esse esquema ocorreu concomitantemente ao mensal�o, ent�o por isso voc� vai ter alguma recorr�ncia de alguns personagens, como o Marcos Val�rio", afirmou o procurador.

Ele destacou que Marcos Val�rio delatou que Silvio Pereira o teria procurado em 2004 para operacionalizar mais o esquema de capitais.

Nova fase da Lava-Jato

A nova opera��o foi intitulada Carbono 14 em refer�ncia a procedimentos utilizados pela ci�ncia para a data��o de itens e a investiga��o de fatos antigos. de acordo coma for�a-tarefa, essa nova investiga��o aprofunda o esquema de lavagem de dinheiro de cerca de R$ 6 milh�es por gest�o fraudulenta do Banco Schahin, "cujo preju�zo foi posteriormente suportado pela Petrobras", segundo o Minist�rio P�blico Federal.
Em novembro passado, ap�s ser preso, o empres�rio pecuarista Jose Carlos Bumlai, amigo pr�ximo do ex-presidente Lula,admitiu em depoimento que o empr�stimo de R$ 12 milh�es captado em 2004 no Banco Schahin foi repassado para o caixa 2 do PT e metade desse valor transferido para Ronan Maria Pinto.

Nessa sexta, o MPF diz que foi realmente constatado que Bumlai contraiu o empr�stimo fraudulento junto ao Schahin em outubro de 2004 para "quitar d�vidas do Partido dos Trabalhadores (PT) e foi pago por interm�dio da contrata��o fraudulenta da Schahin como operadora do navio-sonda Vit�ria 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilh�o."

Celso Daniel

Os promotores disseram que essa fase da opera��o visa apenas o crime federal de lavagem de dinheiro, sem qualquer rela��o com o assassinato do prefeito Celso Daniel.
"Basicamente o objeto de nossa investiga��o � o crime federal de lavagem de dinheiro. Nosso objeto � mais restrito que poderia ser da Justi�a Estadual de S�o Paulo, investigamos aqui o crime de gest�o fraudulenta do Banco Schahin. Os demais desdobramentos referentes a Santo Andr�, cabe ao MP estadual. Em princ�pio, nosso objetivo � esclarecer a lavagem de dinheiro".

Celso Daniel foi sequestrado no dia 18 de janeiro, uma sexta-feira, ao sair de um restaurante na zona sul de S�o Paulo. Seu corpo foi encontrado dois dias depois em uma estrada de Juquitiba, na regi�o metropolitana.

Com ag�ncias


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