obrigando a C�mara a dar continuidade ao pedido de impeachment do vice Michel Temer, favorece a presidente Dilma Rousseff. Em conversas reservadas, auxiliares da petista dizem que fica claro para a opini�o p�blica, a partir de agora, a "contamina��o" da linha sucess�ria e a "fragilidade" das acusa��es envolvendo os decretos or�ament�rios.
Na pr�tica, o PT quer mostrar que, no cen�rio de hoje, se a presidente cair e o vice estiver impedido, quem assume o comando do Pa�s � o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), r�u em a��o penal aberta pelo Supremo, acusado de corrup��o e lavagem de dinheiro no esquema de desvio de recursos da Petrobras - ainda que essa situa��o fosse tempor�ria e o peemedebista tivesse de convocar novas elei��es.
Advogados do PT pretendem entrar, nos pr�ximos dias, com outro pedido de impeachment contra Temer. O coment�rio nas fileiras petistas � que o vice foi "com muita sede ao pote" na briga para ocupar a cadeira de Dilma e acabou agravando a divis�o no PMDB.
"N�o falam que � preciso investigar Dilma? Ent�o � preciso investigar Temer tamb�m", afirmou o l�der do PT no Senado, Paulo Rocha (PA). "Agora, dizer que o governo est� com problema de credibilidade e com dificuldades para resolver a crise na economia n�o pode ser motivo para interromper mandato nem da presidente nem do vice."
O senador foi um dos petistas que conversaram ontem com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, em Bras�lia. Lula almo�ou com o ministro do Gabinete Pessoal, Jaques Wagner, e fez reuni�es com deputados e senadores de partidos aliados, no "varejo" das articula��es para derrotar o impeachment. � noite, o ex-presidente tamb�m se reuniu com Dilma.
Na avalia��o do ex-presidente, a a��o contra Temer enfraquece a posi��o dos defensores do afastamento de Dilma. Na contabilidade do Planalto, Dilma tem, hoje, 198 votos na C�mara contra o impeachment. A margem � considerada apertada, uma vez que o governo precisa do apoio de 171 deputados. Mesmo assim, a percep��o no Planalto � de que Dilma come�a a "sair das cordas".
Vice-versa
Para o l�der do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), a decis�o de Marco Aur�lio mostraria que tanto Dilma quanto o vice n�o deveriam ser alvo de impeachment. "As raz�es para um impedimento do Michel Temer que est�o sendo apresentadas s�o as mesmas apresentadas para Dilma. Se n�s achamos que n�o h� crime de responsabilidade naquele que est� sendo argumentado, n�o vale para ela e n�o vale para ele."
Bras�lia - O governo e o PT avaliam que a decis�o do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aur�lio Mello, Na pr�tica, o PT quer mostrar que, no cen�rio de hoje, se a presidente cair e o vice estiver impedido, quem assume o comando do Pa�s � o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), r�u em a��o penal aberta pelo Supremo, acusado de corrup��o e lavagem de dinheiro no esquema de desvio de recursos da Petrobras - ainda que essa situa��o fosse tempor�ria e o peemedebista tivesse de convocar novas elei��es.
Advogados do PT pretendem entrar, nos pr�ximos dias, com outro pedido de impeachment contra Temer. O coment�rio nas fileiras petistas � que o vice foi "com muita sede ao pote" na briga para ocupar a cadeira de Dilma e acabou agravando a divis�o no PMDB.
"N�o falam que � preciso investigar Dilma? Ent�o � preciso investigar Temer tamb�m", afirmou o l�der do PT no Senado, Paulo Rocha (PA). "Agora, dizer que o governo est� com problema de credibilidade e com dificuldades para resolver a crise na economia n�o pode ser motivo para interromper mandato nem da presidente nem do vice."
O senador foi um dos petistas que conversaram ontem com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, em Bras�lia. Lula almo�ou com o ministro do Gabinete Pessoal, Jaques Wagner, e fez reuni�es com deputados e senadores de partidos aliados, no "varejo" das articula��es para derrotar o impeachment. � noite, o ex-presidente tamb�m se reuniu com Dilma.
Na avalia��o do ex-presidente, a a��o contra Temer enfraquece a posi��o dos defensores do afastamento de Dilma. Na contabilidade do Planalto, Dilma tem, hoje, 198 votos na C�mara contra o impeachment. A margem � considerada apertada, uma vez que o governo precisa do apoio de 171 deputados. Mesmo assim, a percep��o no Planalto � de que Dilma come�a a "sair das cordas".
Vice-versa
Para o l�der do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), a decis�o de Marco Aur�lio mostraria que tanto Dilma quanto o vice n�o deveriam ser alvo de impeachment. "As raz�es para um impedimento do Michel Temer que est�o sendo apresentadas s�o as mesmas apresentadas para Dilma. Se n�s achamos que n�o h� crime de responsabilidade naquele que est� sendo argumentado, n�o vale para ela e n�o vale para ele."