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Estado de Minas

Ap�s 13 horas, comiss�o aprova a primeira fase da discuss�o do parecer de impeachment de Dilma

Ao todo, discursaram 61 dos 116 deputados que haviam se inscrito para falar discursaram. Entre eles, 39 se posicionaram a favor e 21 contra o impeachment. Houve ainda um indeciso: o deputado Bebeto (PSB-BA)


postado em 09/04/2016 07:42 / atualizado em 09/04/2016 08:48

Relatório do deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) já foi lido na comissão especial, que fez ontem a última sessão antes da votação (foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados)
Relat�rio do deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) j� foi lido na comiss�o especial, que fez ontem a �ltima sess�o antes da vota��o (foto: Lu�s Macedo/C�mara dos Deputados)
Ap�s mais de 13 horas de sess�o, a Comiss�o Especial do Impeachment na C�mara dos Deputados encerrou �s 4h42 deste s�bado (09/04) a primeira fase da discuss�o do parecer favor�vel ao impedimento da presidente Dilma Rousseff. Ao todo, discursaram 61 dos 116 deputados que haviam se inscrito para falar discursaram. Entre eles, 39 se posicionaram a favor e 21 contra o impeachment. Houve ainda um indeciso: o deputado Bebeto (PSB-BA).

Entre as principais legendas que comp�em a comiss�o, o Partido da Rep�blica (PR) foi o �nico em que nenhum representante discursou. Assim como PP e PSD, o PR tem negociado com o Pal�cio do Planalto mais espa�o no governo em troca de apoio da bancada contra o impeachment. Tanto no PP quanto no PSD, apenas dois deputados discursam na sess�o, todos a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

A sess�o come�ou por volta das 15h30 de sexta-feira, mas os discursos de fato s� iniciaram cerca de uma hora depois. Governistas e oposicionistas se alternaram em suas falas contra e a favor do impeachment. Governo e oposi��o acabaram deixando em segundo plano o teor do parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favor�vel ao impeachment, e focaram seus discursos nas cr�ticas um ao outro.

Governistas ressaltaram que partidos da oposi��o tamb�m s�o acusados de corrup��o e acusaram opositores de n�o aceitar perder as �ltimas elei��es e querem tirar Dilma por meio de um "golpe". Focaram ainda na estrat�gia de lembrar que a linha de sucess�o presidencial � integrada por membros investigados por corrup��o, como o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo na linha de sucess�o.

J� a oposi��o centrou suas cr�ticas em outras acusa��es e suspeitas contra o governo Dilma, algumas alheias ao parecer de Arantes, bem como contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e ao PT. Opositores apostaram tamb�m na estrat�gia de dizer que aqueles que votarem contra o impeachment estar�o concordando com os crimes de responsabilidade a que a petista � acusada na representa��o.

Tumultos
Durante toda a sess�o, houve princ�pio de tumulto em apenas dois momentos. O primeiro foi quando, seguindo a linha adotada por governistas, o deputado Pepe Vargas (PT-RS) afirmou que PSDB e DEM s�o os partidos com maior n�mero de pol�ticos cassados no Pa�s. O l�der do DEM, Pauderney Avelino (AM), e o deputado Mendon�a Filho (PE) reagiram com gritos de "mentira".

O segundo bate-boca mais acalorado aconteceu durante o discurso do deputado S�lvio Costa (PT do B-PE), vice-l�der do governo na C�mara. O parlamentar ironizou o deputado S�stenes Cavalcante (DEM-RJ) pelo fato de ele ser pastor evang�lico e chamou o deputado Danilo Forte (PSB-CE) de "merda", "corrupto" e "imbecil", o que gerou a rea��o imediata de parlamentares pr�-impeachment.

Cansa�o
O cansa�o era vis�vel nos rostos de deputados, assessores e jornalistas que participavam da sess�o da comiss�o. Para amenizar a situa��o, o deputado S�stenes Cavalcante (DEM-RJ) distribuiu energ�ticos para funcion�rios que estavam trabalhando que se somou ao cafezinho servido pela C�mara. O presidente da comiss�o, deputado Rog�rio Rosso (PSD-DF), tamb�m mandou fazer sandu�ches de p�o franc�s e queijo para distribuir.

Do lado de fora do plen�rio, manifestantes contr�rios ao impeachment distribu�am p�o com mortadela. Diante da polariza��o pol�tica no Pa�s, convencionou-se relacionar mortadela aos apoiadores do governo e coxinha aos defensores do impeachment. Os sandu�ches foram oferecidos tanto aos parlamentares governistas, que levaram o lanche para o plen�rio, quanto para os oposicionistas.

Para tentar evitar que o plen�rio n�o ficasse esvaziado durante a sess�o, os parlamentares se revezavam, principalmente os da oposi��o. Por volta das 2 horas deste s�bado, houve um momento em que havia somente um parlamentar governista, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Alguns deputados s� chegaram na hora de falar e deixavam ap�s o discurso, indo para casa ou reunir-se em restaurantes com colegas.

Fogo amigo
Durante os discursos, o governo recebeu cr�ticas at� de deputados aliados do Pal�cio do Planalto. Embora tenha dito ter convic��o de que a presidente Dilma Rousseff n�o cometeu crime de responsabilidade que justifique seu afastamento, o l�der do PMDB na C�mara, deputado Leonardo Picciani (RJ), fez uma dura cr�tica � petista durante seu discurso, feito j� na madrugada deste s�bado.

Picciani afirmou que o Brasil chegou a atual situa��o, "porque quem ganhou a elei��o n�o teve a humildade de reconhecer que ganhou uma elei��o dividida e chamar o Pa�s a uma reconcilia��o e quem perdeu n�o teve a resigna��o de aceitar o resultado e pensar no Pa�s; preferiu contestar e pensar apenas na sua ambi��o pol�tica". "Essa p�gina, sim, seja qual for o resultado, tem que ser virada", disse.

Vota��o
A discuss�o do parecer ser� retomada na segunda-feira, 11. Nessa fase, somente os l�deres partid�rios poder�o falar. A previs�o � de que a vota��o aconte�a no mesmo dia. Se aprovado, o parecer ser� publicado no Di�rio Oficial da C�mara. Ap�s 48 horas da publica��o, o presidente da Casa poder� lev�-lo para vota��o em plen�rio.


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