O Planalto elegeu o voto do deputado Paulo Maluf (PP-SP) na Comiss�o Especial do impeachment como determinante para ser perseguido at� segunda-feira, quando o relat�rio favor�vel ao impedimento da presidente Dilma Rousseff ser� apreciado no colegiado. A busca pelo parlamentar parte do princ�pio de que ele pode mudar novamente sua posi��o e ser, nas contas do governo, o 33.º voto de desempate em favor da petista.
Maluf migrou nos �ltimos dias de uma posi��o contra o impeachment para uma posi��o indefinida e, depois, para uma favor�vel. Al�m dele, o governo vai passar o fim de semana empenhado em conseguir mais votos para derrubar o relat�rio. H� 65 votantes na comiss�o. Segundo o Placar do Impeachment do Estado, at� as 20h30 de ontem, 35 deputados do colegiado s�o a favor do impeachment. Na quarta-feira, o relator Jovair Arantes (PTB-GO) apresentou parecer favor�vel ao processo de impedimento.
Ontem, a tropa de choque do governo - os ministros Ricardo Berzoini e Jaques Wagner e o assessor especial da Presid�ncia Giles Azevedo - se reuniu para fazer esta contabilidade. O governo recomendou aos l�deres que continuem investindo nos parlamentares para mostrar que argumentos para tentar afastar Dilma s�o "totalmente pol�ticos", "sem base na realidade" e "indefens�veis".
O debate na comiss�o come�ou ontem em uma sess�o amena que se estenderia at� a madrugada de hoje, uma vez que 116 deputados - entre membros e n�o membros - se inscreveram para defender ou recha�ar o pedido de afastamento da presidente. At� a 1h30 de hoje, ap�s dez horas de sess�o, 37 inscritos haviam falado, nenhum do PP ou do PR, partidos que negociam sua perman�ncia na base. Parlamentares passaram a noite saindo e chegando ao plen�rio. Uma nova defesa oral do advogado-geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, seria apresentada nesta madrugada, mas foi adiada para segunda-feira.
'Barb�rie'. Integrante da comiss�o, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) disse que, se o afastamento for aprovado, haver� cen�rio de "barb�rie". "Barb�rie � o que v�o implantar aqui se esse golpe se perpetrar", disse. A declara��o gerou um princ�pio de tumulto, interrompendo seu discurso. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) chegou a perguntar se o colega estava fazendo uma amea�a. Damous retomou seu discurso ap�s a interven��o do presidente do colegiado, Rog�rio Rosso (PSD-DF). O petista chamou o relat�rio de Jovair Arantes de "imprest�vel"