
Parlamentares da oposi��o gritaram palavras contra a presidente Dilma Rousseff e o governo. Membros da base aliada responderam gritando "n�o vai ter golpe".
"� natural o debate acalorado, mas n�o � normal o desrespeito � fala do advogado-geral da Uni�o", disse o deputado Rog�rio Rosso (PSD-DF), presidente da Comiss�o, pedindo sil�ncio aos presentes.
Rosso tamb�m negou pedido de membros da oposi��o para que o relator Jovair Arantes, citado por Cardozo, voltasse a falar. "N�o haver� tr�plica do relator", confirmou o presidente do colegiado.
Ao retomar seu discurso, Cardozo disse que, em caso de d�vidas, "deve-se investigar, e n�o abrir um processo que pode levar ao afastamento da presidente Dilma". "O que querem � o impeachment. Pouco importa se est�o rasgando a Constitui��o", afirmou.
"Defendo que o relat�rio n�o expressa condi��es de aceitabilidade contra a presidente legitimamente eleita. Defendo que o processo foi instaurado por desvio de poder por meio de m�o invis�vel ou talvez vis�vel, que faz com que processos andem r�pido e outros n�o", afirmou. "Defendo que num pa�s marcado pela corrup��o, uma presidente n�o pode ser afastada por uma quest�o cont�bil que era aceita pelos tribunais".
"Defendo a nulidade do processo", finalizou Cardozo. O advogado-geral da Uni�o chamou a situa��o atual de "golpe de abril de 2016". Antes de deixar a mesa diretora do colegiado, o ministro citou a ditadura militar e falou que nunca pensou que a democracia seria violada novamente no Pa�s.
Ap�s o final da defesa do advogado-geral, os parlamentares voltaram a usar palavras de ordem. Os deputados da oposi��o iniciaram um coro gritando "impeachment" e os da base do governo voltaram a gritar "n�o vai ter golpe".
As discuss�es seguem na comiss�o, com deputados esclarecendo d�vidas sobre as regras da sess�o e a vota��o do parecer. Rog�rio Rosso afirmou que n�o ir� interromper a sess�o para almo�o.
