Apesar dos problemas enfrentados no PP, PSD e PMDB, al�m de outras baixas avulsas, o Pal�cio do Planalto comemora o fato de o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ter conseguido um documento com a assinatura de 185 deputados, 13 a mais que o m�nimo necess�rio, dispostos a barrar o impeachment na C�mara.
Embora haja quem diga que os n�meros "est�o piorando", oficialmente o governo tenta mostrar que tem os votos para derrubar o impeachment. Um dos interlocutores da presidente informa que n�o seria bom divulgar a lista dos 185 que apoiam o governo, para que a oposi��o n�o tente coopt�-los.
A presidente Dilma confirmou que ir� �s 10 horas de s�bado ao gin�sio Nilson Nelson, em Bras�lia, para agradecer os integrantes de movimentos sociais que vieram � capital federal apoi�-la. L�, est�o acampados milhares de apoiadores de Dilma, como integrantes do MST e CUT, entre outros movimentos. A presen�a de Dilma no encontro dos Movimentos Populares pela Democracia foi articulada tamb�m pelo ex-presidente Lula e movimentos de esquerda. Com isso, Dilma e Lula pretendem "dar g�s aos militantes para que eles protestem contra o golpe", informou um assessor do Planalto.
Nesta quinta-feira, 14, pela manh�, Dilma se reuniu com deputados de v�rios partidos no Pal�cio da Alvorada, entre eles do PCdoB e do PT. Ela queria agradecer pessoalmente a eles pelo apoio dado a ela e pedir o "m�ximo de empenho de todos" para "ajudar a vencer esta batalha". Dilma tamb�m recebeu os ministros do PMDB que est�o deixando seus cargos para retornar �s suas vagas na C�mara para votar contra o impeachment. Dilma disse que tem certeza de que eles conseguir�o mobilizar os aliados para "derrotar os conspiradores e golpistas".
O Pal�cio do Planalto, que havia decidido, na noite de ontem, apressar a assinatura das demiss�es dos apadrinhados de ex-aliados do governo, resolveu segurar um pouco os atos, por causa de negocia��es que est�o em curso. Os atos, no entanto, est�o prontos e, a qualquer momento, o governo poder� liber�-los. A ideia do Planalto � estar com os cargos liberados j� na pr�xima segunda-feira, quando a presidente Dilma acredita que o fantasma do impeachment estar� afastado - com a derrubada do processo no plen�rio da C�mara - para poder substituir todos os demitidos, premiando os aliados fi�is.
Apesar de toda a mobiliza��o, reservadamente, alguns assessores do Planalto reconhecem que a situa��o est� "muito dif�cil". Atribuem as principais dificuldades ao que est�o chamando de "onda pr�-impeachment" que est� crescendo.