
O vice avalia que precisa dar uma resposta convincente ao Pa�s de que est� comprometido com a recupera��o pol�tica e econ�mica. Ele tamb�m acha que a forma��o de um Minist�rio reconhecidamente t�cnico e respeit�vel seria a melhor forma de aliviar as press�es sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela cassa��o da chapa que o elegeu junto com a presidente Dilma Rousseff em 2014.
Somente depois dessas defini��es o restante do governo seria definitivamente formado, caso Dilma seja afastada pelo Senado. Essas tr�s �reas trabalhariam sustentadas politicamente pelo n�cleo mais pr�ximo de Temer no PMDB e encarregado das rela��es com o Congresso, formado pelos ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, ambos do partido do vice.
O senador, ex-governador, ex-prefeito e ex-ministro Jos� Serra (PSDB-SP) � cotado para comandar esse futuro minist�rio da infraestrutura, mas tamb�m � lembrado para a Fazenda. No modelo estudado pela equipe do vice, a nova pasta poderia abrigar at� o Minist�rio das Comunica��es.
O tucano Jos� Serra tamb�m poderia ocupar a Sa�de, pasta que comandou no governo Fernando Henrique Cardoso, e o Itamaraty. Esta �ltima alternativa agrada a Serra pessoalmente, mas esbarra nas pretens�es pol�ticas dele de ser candidato em 2018. Caso Serra assuma o controle da infraestrutura, o m�dico David Uip, secret�rio da Sa�de de S�o Paulo, poderia ser chamado a contribuir com o governo federal, na cota de indica��es do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Agenda
Temer quer definir uma agenda econ�mica, algo que ele ainda n�o tem, para entreg�-la a um ministro da Fazenda com forte influ�ncia sobre o Banco Central e o Planejamento. A ideia � buscar coes�o na pol�tica econ�mica.
O economista e ex-presidente do Banco Central Arm�nio Fraga ainda continua como um nome forte, mas, por ser ligado ao PSDB, gostaria de levar com ele, se aceitar o convite, outros nomes do partido, o que encontra resist�ncia por parte do vice. Henrique Meirelles, outro ex-presidente do Banco Central, continua com chances, por�m n�o agrada � totalidade do empresariado com quem o vice tem conversado.
Social
No �ltimos dias, Temer decidiu eleger a �rea social como prioridade numa resposta �s acusa��es que sofreu do PT e do Pal�cio do Planalto de que planeja acabar com o Bolsa Fam�lia e outros programas.
Ele pretende fazer uma reformula��o do setor, mas que n�o elimine pol�ticas p�blicas, apenas as concentre sob um mesmo guarda-chuva. At� ontem o vice n�o tinha um nome para comandar essa �rea e gostaria de encontr�-lo na sociedade civil, para refor�ar o conceito de um "Minist�rio de not�veis".
O vice-presidente quer confiar ao DEM, partido com participa��o importante no processo de impeachment de Dilma, o Minist�rio de Minas e Energia, atualmente com o PMDB. Jos� Carlos Aleluia � o nome preferido at� agora.
Justi�a
Embora n�o fa�a parte dos tr�s eixos definidos por Temer, o Minist�rio da Justi�a integra a lista de prioridades porque tem o controle da Pol�cia Federal e, portanto, uma interface com a Opera��o Lava Jato. O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim � o preferido de Temer, mas j� advogou para empreiteiras investigadas pela opera��o. Ayres Brito, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, tamb�m � sempre lembrado.