Um dia ap�s a C�mara ter decidido aprovar a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, senadores do PT e de outros partidos da base aliada admitiram que a chance de afastamento da petista � de 90%.
Em encontro a portas fechadas promovido na lideran�a do governo no Senado nesta segunda-feira, 18, os participantes reconheceram que a situa��o da presidente �, nas palavras de um deles, "muito dif�cil", mas n�o "irrevers�vel".
Durante a reuni�o, a avalia��o geral foi de que, apesar do momento adverso, o governo tem chances de impedir o afastamento de Dilma no Senado. A estrat�gia dos senadores � impedir que se aprove a instaura��o do processo por maioria simples do plen�rio da Casa, o que levaria � autom�tica assun��o do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) ao comando do Pal�cio do Planalto.
Os senadores governistas devem investir em v�rias frentes para tentar reverter o quadro adverso: a atua��o do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), advers�rio hist�rico de Temer no PMDB; o trabalho de convencimento dos indecisos e de revers�o de votos de ex-aliados e o uso de a��es judiciais para barrar eventuais situa��es adversas, como prazos regimentais encurtados e escolha de integrantes da Comiss�o Especial para fun��es-chave, como presid�ncia e relatoria.
O PSB � um dos alvos: na C�mara, o partido fechou quest�o a favor do impeachment e, dos 32 deputados, 29 se manifestaram contr�rios a Dilma. O partido, com sete senadores, divulgou nota contra a puni��o da presidente.
Os petistas v�o rejeitar qualquer indica��o para a relatoria da comiss�o de um senador filiado a partido interessado no impeachment de Dilma, como � o caso da senadora Ana Am�lia (PP-RS), partido que fechou quest�o a favor do afastamento da presidente. "Podemos at� n�o fazer a indica��o do PT, mas temos que participar disso", disse o l�der do governo no Senado, Humberto Costa (PE).