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Estado de Minas

Supremo adia decis�o sobre posse de Lula como ministro


postado em 20/04/2016 17:16 / atualizado em 20/04/2016 18:58

O Supremo Tribunal Federal adiou nesta quarta-feira, sem marcar nova data, a decis�o sobre o bloqueio que impede o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva de assumir o cargo de ministro-chefe da Casa Civil em um novo golpe para a presidente, que luta para salvar o cargo.

"Por maioria, a Corte deliberou no sentido de adiar o julgamento" e avaliar todos os recursos recebidos sobre o mesmo caso em uma �nica sess�o, anunciou o presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

Lula foi nomeado ministro em 16 de mar�o pela presidente Dilma Rousseff, sua afilhada pol�tica, mas a posse foi bloqueada pelo juiz Gilmar Mendes, que considerou sua nomea��o um subterf�gio para proteg�-lo da Justi�a comum. O foro privilegiado tamb�m evitaria um potencial pedido de pris�o do ex-presidente.

O ex-presidente (2003-2010) � investigado por supostamente ter se beneficiado do esquema de corrup��o na Petrobras, investigado pelo juiz S�rgio Moro. No Minist�rio, Lula teria a miss�o de tentar deter a aprova��o do pedido de impeachment contra Dilma, um processo que passou pela C�mara no domingo e, agora, est� no Senado.

Se o processo de impeachment for ratificado em meados de maio no Senado, afastar� Dilma temporariamente do cargo � espera de uma senten�a definitiva. Neste caso, seu ex-aliado e agora advers�rio, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), assumiria o poder temporariamente.

Com o adiamento adotado pelo Supremo nesta quarta-feira, a eventual habilita��o de Lula para assumir o cargo pode vir tarde demais. O ex-presidente teria como miss�o se valer de seu carisma e de seu talento de negociador para lutar contra o impeachment.

Ontem (19), Lula participou de uma reuni�o da dire��o nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), do qual foi um dos fundadores e o levou ao poder. "Tanto Lula quanto n�s avaliamos que ser� dif�cil ganhar no Senado porque, mesmo sendo um cen�rio diferente, os partidos que foram contra n�s na C�mara v�o repetir seu comportamento", declarou � AFP um dos participantes do encontro, o deputado Z� Geraldo (PT-PA).


SOBREVIV�NCIA "O fato de n�o ter sido autorizado a ocupar o cargo foi um choque, uma surpresa que teve consequ�ncias gigantescas para o governo", disse o analista pol�tico S�rgio Pra�a, da Funda��o Get�lio Vargas (FGV).

Enquanto Lula deve continuar trabalhando para salvar o governo sem um cargo formal, Dilma decidiu viajar para Nova York nesta quinta-feira para assinar um tratado sobre mudan�as clim�ticas na ONU, deixando o comando do pa�s nas m�os de Temer, a quem acusa de conspirar para destitu�-la.

Segundo a imprensa brasileira, Dilma aproveitaria a exposi��o global que ter� com a assinatura do acordo firmado na confer�ncia sobre o clima de Paris (COP21), no final de 2015, para denunciar que est� sendo v�tima de "um golpe" parlamentar, parte de sua estrat�gia de sobreviv�ncia. E, depois de "Dilma", Lula ser� o homem a derrotar por seus muitos advers�rios.

Se fossem celebradas agora, Lula venceria o primeiro turno das elei��es presidenciais de 2018 com 21% dos votos, segundo pesquisa Datafolha de 10 de abril. Aos 70 anos, ele j� se lan�ou como pr�-candidato do PT. Na pesquisa, o ex-presidente ficou � frente da ex-senadora da Rede Sustentabilidade Marina Silva (19%) e do l�der da oposi��o e senador do PSDB A�cio Neves (17%), derrotado por estreita margem por Dilma em 2014, e do atual vice-presidente, Temer (1% a 2%).

Lula "tem muito carisma, fez um governo muito popular, com aprova��o alt�ssima (...), mas eu n�o acho que possa voltar a ganhar uma elei��o", afirmou o analista, citando a alta rejei��o que o ex-sindicalista tamb�m desperta. "Se tudo continuar como est�, um governo Temer ser� impopular por causa das duras medidas econ�micas que ter� de tomar. E a� o PT ainda pode ter uma pequena chance", acrescentou. O deputado Z� Geraldo prev� "um per�odo muito dif�cil" para Lula.


"O plano (da oposi��o) n�o � aniquilar s� a Dilma, mas o PT. A oposi��o quer formar um governo de coaliz�o e trabalhar na escolha de um candidato para 2018", completou.

 

 


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