Ao transmitir este recado aos tr�s comandantes militares, Temer quis mostrar que o setor, que � totalmente hierarquizado, estaria preservado e n�o enfrentaria nenhum tipo de turbul�ncia ou influ�ncia pol�tica.
Mas este n�o foi o �nico sinal que a �rea militar recebeu de um poss�vel governo Temer que agradou � caserna. O vice-presidente compartilha da tese de que o Pa�s precisa de uma �rea de intelig�ncia fortalecida e sob uma outra chefia, que n�o a atual Secretaria de Governo, atualmente comandada por Ricardo Berzoini.
A ideia inicial � que a Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) volte para o guarda-chuva do atual Gabinete Militar que, a princ�pio, poder� passar a se chamar Gabinete de Seguran�a Nacional, com as atribui��es semelhantes ao antigo Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) desativado por Dilma. O desejo da Abin era ficar vinculado diretamente ao gabinete presidencial, mas esta possibilidade foi descartada por interlocutores de Temer.
Apesar da vincula��o da Abin a um setor nos moldes do GSI, a ideia n�o � que a pasta tenha caracter�stica eminentemente militar, como tem sido nos governos Dilma e Lula, mas funcione como um �rg�o de Estado.
Todas as propostas foram bem recebidas pela �rea militar. Os tr�s comandantes militares compartilham da ideia de que todos precisam ter uma �rea de intelig�ncia forte e bem preparada. Num segundo passo, a inten��o � que o setor seja reestruturado, justamente para ganhar mais musculatura.
Fronteiras
Temer se aproximou da �rea militar, ironicamente, por determina��o da presidente Dilma Rousseff, que o nomeou coordenador de um Plano Estrat�gico de Fronteiras, criado em 2011. Por isso mesmo, o vice conhece e conviveu de perto com os tr�s comandantes militares. Em raz�o das viagens pelas fronteiras do Pa�s e em v�rias reuni�es, Temer p�de conhecer de perto as dificuldades enfrentadas pelos militares, principalmente em decorr�ncia dos cortes or�ament�rios que a �rea vem sofrendo.
Para os militares, o sentimento � de que, apesar da turbul�ncia pol�tica, n�o h� sinais de que ela vir� com tumulto nas ruas - em caso de uma transi��o. Eles acreditam que n�o precisar�o ser acionados para garantia da lei e da ordem. Os movimentos sociais, que amea�aram incendiar o Pa�s, t�m se comportado dentro da normalidade.