O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, n�o v� ind�cios consistentes para pedir a abertura de um inqu�rito contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB). O vice j� foi citado por delatores da Opera��o Lava-Jato, mas, at� o momento, n�o � alvo de investiga��o pelo �rg�o.
Caso o impeachment de Dilma seja aprovado no Senado na pr�xima semana, Temer assume a Presid�ncia interinamente, at� que o julgamento do processo seja conclu�do. Com isso, ele passa a poder ser investigado somente por atos cometidos durante o mandato e n�o em situa��es anteriores.
Temer foi um dos pol�ticos citados na dela��o do senador Delc�dio Amaral (sem partido - MS). Em seus depoimentos, ele apontou o vice como o "padrinho" das indica��es de Jo�o Augusto Henriques e Jorge Zelada para uma diretoria da Petrobras.
O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tamb�m citou o nome do vice em uma conversa com o dono da OAS, Leo Pinheiro. Num dos di�logos, Cunha reclama de o empreiteiro ter feito um pagamento de R$ 5 milh�es diretamente a Temer.
O lobista J�lio Camargo, por sua vez, afirmou que Fernando Baiano, que tamb�m � delator na Lava Jato, mantinha contato com o vice-presidente.
Para procuradores que trabalham com Janot, essas cita��es foram sempre feitas de maneira indireta e n�o seriam o suficiente para indicar o envolvimento do vice no esquema de corrup��o da Petrobras.
Temer sempre negou envolvimento no caso e afirmou desconhecer parte dos delatores que o citaram.