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Estado de Minas

Delc�dio entregou 'elementos' que incriminam Lula, diz Janot

O senador afirmou que houve pagamento de R$ 250 mil � fam�lia de Nestor Cerver� por interfer�ncia de Lula


postado em 04/05/2016 12:07 / atualizado em 04/05/2016 13:23

Dilma e Kátia Abreu estiveram juntas no Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017(foto: Antônio Araújo/ Ministério da Agricultura)
Dilma e K�tia Abreu estiveram juntas no Plano Agr�cola e Pecu�rio 2016/2017 (foto: Ant�nio Ara�jo/ Minist�rio da Agricultura)

 

S�o Paulo - O senador Delc�dio Amaral (ex-PT-MS) entregou � Procuradoria-Geral da Rep�blica uma s�rie de documentos que, segundo ele, comprovam seu encontro com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para tramar contra a Opera��o Lava-Jato. Lula foi denunciado pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) por obstru��o � Justi�a.

O procurador tamb�m pediu a inclus�o do petista no inqu�rito que investiga dezenas de pol�ticos por suspeita de envolvimento com o esquema de corrup��o na Petrobras.

Delc�dio relatou ao Minist�rio P�blico Federal que foi chamado por Lula em meados de maio de 2015, em S�o Paulo, para "tratar da necessidade de se evitar que Nestor Cerver� fizesse acordo de colabora��o premiada".

Segundo o senador, Lula o teria incumbido de "viabilizar a compra do sil�ncio de Nestor" para proteger o pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.

Janot anotou em manifesta��o ao STF. "A respeito desse fato, h� diversos outros elementos, tais como e-mail com comprovante de agendamento da reuni�o entre Lula e Delc�dio no Instituto Lula, no dia 8 de maio de 2015; comprovantes de deslocamento efetivo do senador para S�o Paulo compat�vel com esta data; outros documentos que atestam diversas outras reuni�es entre Lula e Delc�dio no per�odo coincidente �s negociatas envolvendo o sil�ncio de Nestor Cerver�, al�m de registros de diversas conversas telef�nicas mantidas entre Lula e (o pecuarista) Jos� Carlos Bumlai e entre este e Delc�dio", afirma o procurador-geral da Rep�blica. "Todos esses elementos est�o encartados no aditamento de den�ncia dos autos 4170."

Delc�dio afirmou que o filho de Bumlai, Mauricio Bumlai, pagou R$ 250 mil � fam�lia de Cerver�, "por interfer�ncia de Lula". De acordo com o senador, Lula "pediu expressamente" a Delc�dio que ajudasse Bumlai, amigo do petista.

O ex-l�der do governo contou em dela��o premiada que o ex-presidente tinha "especial preocupa��o" com a situa��o de Jos� Carlos Bumlai porque eles ficaram muito pr�ximos durante a primeira campanha de Lula � Presid�ncia da Rep�blica. Segundo o senador, "Bumlai se tornou o grande conselheiro de Lula, com forte influ�ncia em diversos neg�cios do governo, al�m de ter sido avalista de um empr�stimo milion�rio obtido pelo PT junto ao Banco Schahin e de ter ajudado a construir, estruturar e organizar o Instituto Lula, entre outros".

O procurador-geral da Rep�blica ainda levou em considera��o, no pedido de aditamento � den�ncia contra Delc�dio, as grava��es captadas por Bernardo Cerver�, filho de Nestor Cerver�. Em novembro de 2015, foi entregue por Bernardo Cerver� � Procuradoria-Geral da Republica um �udio "revelador da grande trama criminosa envolvendo a obstru��o da presente investiga��o, por meio da compra do sil�ncio de Nestor Cerver�".

"A partir da� as investiga��es ganharam novos contornos e se constatou que Luiz In�cio Lula da Silva, Jos� Carlos Bumlai e Mauricio Bumlai atuaram na compra do sil�ncio de Nestor Cerver� para proteger outros interesses, al�m daqueles inerentes a Delc�dio e a Andr� Esteves, dando ensejo ao aditamento da den�ncia anteriormente oferecida nos Autos 4170/STF", afirma Janot.

"Os depoimentos de Nestor Cerver� deixam evidente que a inten��o dos articuladores do sil�ncio de Nestor era esconder fatos il�citos envolvendo Luiz In�cio Lula da Silva, Jos� Carlos Bumlai, Andr� Esteves, Delc�dio Amaral, al�m de outras pessoas que possivelmente tamb�m integram a organiza��o criminosa objeto deste inqu�rito."

A assessoria de Lula diz que a pe�a apresentada por Janor "indica apenas suposi��es e hip�teses sem qualquer valor de prova". "Trata-se de uma antecipa��o de ju�zo, ofensiva e inaceit�vel, com base unicamente na palavra de um criminoso."

Segundo a defesa, o ex-presidente n�o participou "nem direta nem indiretamente" de qualquer dos fatos investigados na Opera��o Lava Jato. "Nos �ltimos anos, Lula � alvo de verdadeira devassa. Suas atividades, palestras, viagens, contas banc�rias, absolutamente tudo foi investigado, e nada foi encontrado de ilegal ou irregular", afirma em nota. "O ex-presidente Lula n�o deve e n�o teme investiga��es."

A defesa de Andr� Esteves reiterou que ele n�o cometeu nenhuma irregularidade. J� a assessoria do senador Delc�dio informou que ele n�o ir� comentar o assunto no momento.


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