Os �ltimos dias foram de intensa negocia��o na tentativa de convencer senadores indecisos a aceitarem ou n�o a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Apesar da certeza da aprova��o hoje, qualquer voto “n�o” a mais � importante para a base governista tentar derrubar o afastamento definitivo da mandat�ria na pr�xima aprecia��o, que ser� em at� 180 dias, e exige maioria qualificada, ou seja, 54 votos ou dois ter�os do plen�rio. Para a oposi��o, a miss�o governista de logo mais � noite � praticamente imposs�vel. A petista seria carta fora do baralho, afinal � necess�rio o voto da maioria simples (metade dos presentes mais um).
De acordo com apura��o do Correio, 50 senadores confirmaram o sim pela admissibilidade, 20, o n�o, e nove n�o revelaram o voto. S�o eles: Benedito de Lira (PP-AL), Edison Lob�o (PMDB-MA), Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), Fernando Collor (PTC-AL), Otto Alencar (PSD-BA), Renan Calheiros (PMDB-AL), Roberto Rocha (PSB-MA) e Walter Pinheiro (s/partido-BA). Apesar da esperan�a da base governista em conseguir ao menos metade desses votos, a perspectiva n�o � boa.
Presidente da comiss�o especial do impeachment no Senado, Raimundo Lira, �, provavelmente, mais um voto contra o governo. Antes de assumir a presid�ncia do colegiado, ele havia declarado voto favor�vel ao impeachment, mas voltou atr�s para “manter a imparcialidade”. Na posi��o de presidente da Casa, Renan Calheiros afirmou que ir� se abster de votar.Com a experi�ncia de quem j� foi afastado da Presid�ncia da Rep�blica em 1992, o senador Fernando Collor de Mello tamb�m n�o revela o voto, mas a tend�ncia � de que ele confirme a admissibilidade, assim como Eun�cio Oliveira, Roberto Rocha e Benedito de Lira, que, segundo fontes pr�ximas, deve seguir a orienta��o do Partido Progressista e votar igual ao filho, o deputado Arthur Lira (PP-AL), declaradamente a favor do processo. O governo ainda tem esperan�a que Benedito de Lira se abstenha da vota��o.
Dos nove que n�o declararam o voto, somente dois devem ir contra � admissibilidade: Otto Alencar, que sempre se posicionou favor�vel � Dilma, e Walter Pinheiro. Apesar de ter se desfiliado do PT em mar�o deste ano ap�s 33 anos na legenda, a base governista conta com o voto dele. O senador Eduardo Braga n�o vai comparecer � sess�o. Ele est� de licen�a m�dica por um m�s. At� o fechamento desta edi��o, n�o havia a confirma��o de que Pedro Chaves, o suplente do ex-senador Delc�dio do Amaral, cassado ontem, tome posse para votar. Nos bastidores, circula a informa��o de que ele tem uma posi��o favor�vel � admissibilidade do processo de impeachment.
Para a senadora aliada ao governo Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), um placar com mais de 54 votos favor�veis n�o significa uma derrota definitiva. Ela afirma que muitos colegas votar�o pela admissibilidade, mas ainda n�o tem posi��o sobre o m�rito da den�ncia. “Uma parte significativa n�o tem opini�o em rela��o ao m�rito e � a� que vamos trabalhar para mostrar que n�o houve crime de responsabilidade.”
J� o senador da oposi��o �lvaro Dias (PV-PR) acredita que, neste caso, a situa��o ser� irrevers�vel para a presidente Dilma. O parlamentar afirma que, a partir do momento em que o vice-presidente Michel Temer assumir, ele ir� ampliar e consolidar uma base de apoio. “Essa hip�tese s� acontece se houver um fracasso rotundo do governo que vai assumir. E 180 dias � pouco tempo para se consagrar um desastre administrativo desse porte”, comentou.
Governistas avaliam reservadamente que o placar daqui a 180 dias, quando ser� julgado o m�rito do impedimento e o consequente afastamento definitivo ou n�o, depende bastante do desempenho de um eventual governo Temer. O PT j� definiu que ir� fazer uma oposi��o sistem�tica durante este per�odo. A ideia � montar um governo paralelo para fiscalizar todas as a��es do peemedebista. A esperan�a � de que Temer n�o consiga devolver ao Brasil o clima de tranquilidade. Neste caso, esperam os governistas, haveria chance da presidente reverter o impedimento. Mesmo assim, afirmam que a miss�o � bastante dif�cil.
Vota��o
A sess�o que votar� o parecer pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff come�a hoje, �s 9h. Os senadores inscritos ter�o 15 minutos para falar sobre a mat�ria. At� o in�cio da noite de ontem, eram 66 nomes na lista. A previs�o, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros, � de que ocorram dois intervalos: das 12h �s 13h e das 18h �s 19h.
Ap�s os debates em plen�rio, o senador Ant�nio Anastasia (PSDB-MG) ter� 15 minutos para defender o seu parecer, que sugere a admissibilidade do processo. Em seguida,o advogado-geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, tamb�m ter� 15 minutos para fazer a defesa de Dilma Rousseff. Ap�s as explana��es, a vota��o se dar� por meio de painel eletr�nico.
ROTEIRO
9h
In�cio da sess�o de hoje no Senado
2
Intervalos da sess�o, das 12h �s 13h, e das 18h �s 19h
19h
In�cio da vota��o no painel do plen�rio do Senado
De acordo com apura��o do Correio, 50 senadores confirmaram o sim pela admissibilidade, 20, o n�o, e nove n�o revelaram o voto. S�o eles: Benedito de Lira (PP-AL), Edison Lob�o (PMDB-MA), Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), Fernando Collor (PTC-AL), Otto Alencar (PSD-BA), Renan Calheiros (PMDB-AL), Roberto Rocha (PSB-MA) e Walter Pinheiro (s/partido-BA). Apesar da esperan�a da base governista em conseguir ao menos metade desses votos, a perspectiva n�o � boa.
Presidente da comiss�o especial do impeachment no Senado, Raimundo Lira, �, provavelmente, mais um voto contra o governo. Antes de assumir a presid�ncia do colegiado, ele havia declarado voto favor�vel ao impeachment, mas voltou atr�s para “manter a imparcialidade”. Na posi��o de presidente da Casa, Renan Calheiros afirmou que ir� se abster de votar.Com a experi�ncia de quem j� foi afastado da Presid�ncia da Rep�blica em 1992, o senador Fernando Collor de Mello tamb�m n�o revela o voto, mas a tend�ncia � de que ele confirme a admissibilidade, assim como Eun�cio Oliveira, Roberto Rocha e Benedito de Lira, que, segundo fontes pr�ximas, deve seguir a orienta��o do Partido Progressista e votar igual ao filho, o deputado Arthur Lira (PP-AL), declaradamente a favor do processo. O governo ainda tem esperan�a que Benedito de Lira se abstenha da vota��o.
Dos nove que n�o declararam o voto, somente dois devem ir contra � admissibilidade: Otto Alencar, que sempre se posicionou favor�vel � Dilma, e Walter Pinheiro. Apesar de ter se desfiliado do PT em mar�o deste ano ap�s 33 anos na legenda, a base governista conta com o voto dele. O senador Eduardo Braga n�o vai comparecer � sess�o. Ele est� de licen�a m�dica por um m�s. At� o fechamento desta edi��o, n�o havia a confirma��o de que Pedro Chaves, o suplente do ex-senador Delc�dio do Amaral, cassado ontem, tome posse para votar. Nos bastidores, circula a informa��o de que ele tem uma posi��o favor�vel � admissibilidade do processo de impeachment.
Para a senadora aliada ao governo Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), um placar com mais de 54 votos favor�veis n�o significa uma derrota definitiva. Ela afirma que muitos colegas votar�o pela admissibilidade, mas ainda n�o tem posi��o sobre o m�rito da den�ncia. “Uma parte significativa n�o tem opini�o em rela��o ao m�rito e � a� que vamos trabalhar para mostrar que n�o houve crime de responsabilidade.”
J� o senador da oposi��o �lvaro Dias (PV-PR) acredita que, neste caso, a situa��o ser� irrevers�vel para a presidente Dilma. O parlamentar afirma que, a partir do momento em que o vice-presidente Michel Temer assumir, ele ir� ampliar e consolidar uma base de apoio. “Essa hip�tese s� acontece se houver um fracasso rotundo do governo que vai assumir. E 180 dias � pouco tempo para se consagrar um desastre administrativo desse porte”, comentou.
Governistas avaliam reservadamente que o placar daqui a 180 dias, quando ser� julgado o m�rito do impedimento e o consequente afastamento definitivo ou n�o, depende bastante do desempenho de um eventual governo Temer. O PT j� definiu que ir� fazer uma oposi��o sistem�tica durante este per�odo. A ideia � montar um governo paralelo para fiscalizar todas as a��es do peemedebista. A esperan�a � de que Temer n�o consiga devolver ao Brasil o clima de tranquilidade. Neste caso, esperam os governistas, haveria chance da presidente reverter o impedimento. Mesmo assim, afirmam que a miss�o � bastante dif�cil.
Vota��o
A sess�o que votar� o parecer pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff come�a hoje, �s 9h. Os senadores inscritos ter�o 15 minutos para falar sobre a mat�ria. At� o in�cio da noite de ontem, eram 66 nomes na lista. A previs�o, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros, � de que ocorram dois intervalos: das 12h �s 13h e das 18h �s 19h.
Ap�s os debates em plen�rio, o senador Ant�nio Anastasia (PSDB-MG) ter� 15 minutos para defender o seu parecer, que sugere a admissibilidade do processo. Em seguida,o advogado-geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, tamb�m ter� 15 minutos para fazer a defesa de Dilma Rousseff. Ap�s as explana��es, a vota��o se dar� por meio de painel eletr�nico.
ROTEIRO
9h
In�cio da sess�o de hoje no Senado
2
Intervalos da sess�o, das 12h �s 13h, e das 18h �s 19h
19h
In�cio da vota��o no painel do plen�rio do Senado